Diarreia após colecistectomia causada pelo ácido biliar
A colecistectomia é um procedimento cirúrgico comum realizado para doenças da vesícula biliar, comumente realizada para o tratamento de cálculos biliares sintomáticos. No entanto, no pós-operatório, alguns pacientes podem desenvolver sintomas que podem causar desconforto e perturbar a sua qualidade de vida, a síndrome pós-colecistectomia, um dos quais é a diarreia.
Após a colecistectomia, a bile entra diretamente no duodeno, independente do horário das refeições. O equilíbrio do metabolismo dos ácidos biliares é interrompido e a produção primária de ácidos biliares pelo fígado é aumentada e, portanto, uma maior concentração de ácidos biliares chega ao cólon alterando a interação com a microbiota intestinal.
A frequência de diarreia no período pós-operatório é altamente variável, com estudos identificando prevalência de até 57,2%. Os sintomas tendem a se desenvolver nos primeiros 3 meses após a colecistectomia, mas em até 32% inicia-se 6 meses após a colecistectomia.
Apenas um pequeno número de pacientes (< 13%) desenvolve diarreia clinicamente significativa após a colecistectomia laparoscópica. Isso significa que os demais pacientes não necessitam de tratamento, pois não desenvolvem diarreia ou seus sintomas são de curta duração e desaparecem espontaneamente.
As características clínicas incluem sensação de necessidade urgente de evacuar, aumento da frequência evacuatória e diarreia que ocorre principalmente durante o dia.
Na verdade, a maioria dos paciente (até 70%) não são informados quanto à possibilidade de desenvolver diarreia após colecistectomia laparoscópica.
Os pacientes devem ser submetidos a investigação endoscópica para rastreamento do câncer colorretal e para diagnóstico diferencial com a doença inflamatória intestinal quando preencherem os critérios.
A tomografia computadorizada não é recomendada pelas diretrizes para a investigação de diarreia crônica na ausência de suspeita de doença hepática ou pancreática.
Os pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica são aconselhados a seguir uma dieta com baixo teor de gordura por pelo menos 3 meses o que reduz as taxas de diarreia, especialmente quando eles têm ≤45 anos de idade, do sexo masculino, e tinham uma alta tendência pré-operatória para diarreia.
O uso empírico de sequestrantes de ácido biliar está indicado e melhora os sintomas, mesmo nos pacientes que serão investigados para diagnóstico diferencial.
Sugere-se usar a colestiramina para indução de resposta clínica, deixando os outros agentes TSAB (colesevelam ou colestipol) para os pacientes intolerantes a colestiramina.
Comece com 1 envelope (equivalente a 4 g de colestiramina anidra) diluída em 60 a 90 ml de água ou outros líquidos pela manhã e à noite, junto às duas principais refeições. Após uma ou duas semanas, caso a melhora não seja significativa, pode-se aumentar a dose para 8 g de colestiramina em 120 a 180 ml de líquido pela manhã e à noite. Embora o proposto seja de duas vezes por dia, colestiramina pode ser administrado em 1 a 6 doses ao dia (máximo de 24 g/dia).
Após preparo, a suspensão deve ser mantida em repouso por 1 a 2 minutos para hidratação adequada, em seguida mexer até obter uma suspensão homogênea e ingerir. Após a ingestão, adicionar mais água ao copo e ingerir, para assegurar a administração completa da dose.
A dose de colestipol é iniciada com 1g duas vezes ao dia, com aumento de 1 g/d em dias alternados.
Após a colecistectomia, a bile entra diretamente no duodeno, independente do horário das refeições. O equilíbrio do metabolismo dos ácidos biliares é interrompido e a produção primária de ácidos biliares pelo fígado é aumentada e, portanto, uma maior concentração de ácidos biliares chega ao cólon alterando a interação com a microbiota intestinal.
A frequência de diarreia no período pós-operatório é altamente variável, com estudos identificando prevalência de até 57,2%. Os sintomas tendem a se desenvolver nos primeiros 3 meses após a colecistectomia, mas em até 32% inicia-se 6 meses após a colecistectomia.
Apenas um pequeno número de pacientes (< 13%) desenvolve diarreia clinicamente significativa após a colecistectomia laparoscópica. Isso significa que os demais pacientes não necessitam de tratamento, pois não desenvolvem diarreia ou seus sintomas são de curta duração e desaparecem espontaneamente.
As características clínicas incluem sensação de necessidade urgente de evacuar, aumento da frequência evacuatória e diarreia que ocorre principalmente durante o dia.
Na verdade, a maioria dos paciente (até 70%) não são informados quanto à possibilidade de desenvolver diarreia após colecistectomia laparoscópica.
Os pacientes devem ser submetidos a investigação endoscópica para rastreamento do câncer colorretal e para diagnóstico diferencial com a doença inflamatória intestinal quando preencherem os critérios.
A tomografia computadorizada não é recomendada pelas diretrizes para a investigação de diarreia crônica na ausência de suspeita de doença hepática ou pancreática.
Os pacientes submetidos à colecistectomia laparoscópica são aconselhados a seguir uma dieta com baixo teor de gordura por pelo menos 3 meses o que reduz as taxas de diarreia, especialmente quando eles têm ≤45 anos de idade, do sexo masculino, e tinham uma alta tendência pré-operatória para diarreia.
O uso empírico de sequestrantes de ácido biliar está indicado e melhora os sintomas, mesmo nos pacientes que serão investigados para diagnóstico diferencial.
Sugere-se usar a colestiramina para indução de resposta clínica, deixando os outros agentes TSAB (colesevelam ou colestipol) para os pacientes intolerantes a colestiramina.
Comece com 1 envelope (equivalente a 4 g de colestiramina anidra) diluída em 60 a 90 ml de água ou outros líquidos pela manhã e à noite, junto às duas principais refeições. Após uma ou duas semanas, caso a melhora não seja significativa, pode-se aumentar a dose para 8 g de colestiramina em 120 a 180 ml de líquido pela manhã e à noite. Embora o proposto seja de duas vezes por dia, colestiramina pode ser administrado em 1 a 6 doses ao dia (máximo de 24 g/dia).
Após preparo, a suspensão deve ser mantida em repouso por 1 a 2 minutos para hidratação adequada, em seguida mexer até obter uma suspensão homogênea e ingerir. Após a ingestão, adicionar mais água ao copo e ingerir, para assegurar a administração completa da dose.
A dose de colestipol é iniciada com 1g duas vezes ao dia, com aumento de 1 g/d em dias alternados.