Prolapso retal e Procidência retal
O prolapso retal externo, também chamada de procidência retal ou prolapso “completo”, é a exteriorização através do canal anal de toda a espessura da parede retal. É um distúrbio do assoalho pélvico que ocorre tipicamente em mulheres idosas, mas pode ocorrer em pacientes de todas as idades. O prolapso retal resulta em sintomas locais (por exemplo, dor, sangramento e escapes), disfunção intestinal (por exemplo, constipação e incontinência) e uma qualidade de vida diminuída e incapacitante.
Definições do prolapso retal
Epidemiologia e fatores de risco do prolapso retal
Características clínicas do prolapso retal
Diagnóstico do prolapso retal
Diagnóstico diferencial do prolapso retal
Avaliações após o diagnóstico do prolapso retal
Tratamento clínico do prolapso retal
Tratamento cirúrgico do prolapso retal
Resumo e recomendações para o prolapso retal
Epidemiologia e fatores de risco do prolapso retal
Características clínicas do prolapso retal
Diagnóstico do prolapso retal
Diagnóstico diferencial do prolapso retal
Avaliações após o diagnóstico do prolapso retal
Tratamento clínico do prolapso retal
Tratamento cirúrgico do prolapso retal
Resumo e recomendações para o prolapso retal
● Prolapso retal completo ou procidência retal é a protrusão de todas as camadas do reto através do ânus, manifestando-se como anéis concêntricos da mucosa retal.
● Prolapso da mucosa retal ou procidência parcial, ou, envolve apenas o prolapso da mucosa.
●Prolapso retal oculto ou interno é o "encaixe" do intestino sobre si mesmo internamente, sem se projetar através da borda anal, e não é um prolapso retal verdadeiro. Um prolapso oculto (ou seja, intussuscepção) nem sempre leva a um prolapso retal de espessura total, embora os pacientes possam apresentar sintomas semelhantes (por exemplo, defecação obstruída e escapes).
● Prolapso da mucosa retal ou procidência parcial, ou, envolve apenas o prolapso da mucosa.
●Prolapso retal oculto ou interno é o "encaixe" do intestino sobre si mesmo internamente, sem se projetar através da borda anal, e não é um prolapso retal verdadeiro. Um prolapso oculto (ou seja, intussuscepção) nem sempre leva a um prolapso retal de espessura total, embora os pacientes possam apresentar sintomas semelhantes (por exemplo, defecação obstruída e escapes).
O prolapso retal é incomum, com uma prevalência estimada em 1 por cento em adultos com mais de 65 anos.
Fatores que aumentam o risco de prolapso retal incluem:
Fatores que aumentam o risco de prolapso retal incluem:
- Idade acima de 40 anos
- Sexo feminino
- Multiparidade
- Parto vaginal
- Cirurgia pélvica prévia
- Esforço crônico
- Diarreia crônica
- Constipação crônica
- Fibrose cística
- Demência
- AVC
- Disfunção do assoalho pélvico (por exemplo, contração paradoxal do puborretal, músculo puborretal não relaxante e descida perineal anormal)
- Defeitos anatômicos do assoalho pélvico (por exemplo, retocele, cistocele, enterocele e fundo de saco profundo)
Sinais e sintomas do prolapso retal
Pacientes com prolapso retal apresentam sintomas que incluem desconforto abdominal, evacuação incompleta, secreção e escapes de fezes associada a hábitos intestinais alterados e uma "massa" que prolapsa através do ânus que pode reduzir espontaneamente ou exigir redução manual.
Esforço para iniciar ou completar a defecação, evacuação incompleta e uma história de manobras digitais para ajudar na defecação podem ocorrer à medida que o prolapso progride. A dor não é uma característica típica de apresentação e sugere outro diagnóstico.
Exame proctológico no prolapso retal
O diagnóstico do prolapso retal pode ser feito durante o exame proctológico ao encontrar anéis concêntricos do reto projetados através do ânus o que significa a protrusão de espessura total do reto. Muitas vezes, isso é melhor reproduzido pedindo ao paciente que faça Valsalva ou "abaixe-se" em uma simulação de defecação na posição de cócoras ou mesmo sentado no vaso sanitário.
Além disso, a abertura vaginal deve ser examinada procurando sinais de prolapso de órgãos pélvicos, útero e bexiga, que quando suspeita a avaliação uroginecológica é necessária.
O toque retal pode revelar um ânus entreaberto (patuloso), hipotonia esfincteriana, dobras ou massa e/ou patologia concomitante do assoalho pélvico (por exemplo, retocele, cistocele ou prolapso uterino). O paciente é solicitado a contrair o esfíncter anal e novamente fazer a manobra de “Valsalva” para avaliar a contração e o relaxamento do músculo puborretal.
O exame proctológico deve ser feito na posição de decúbito lateral esquerdo, pois na posição genupeitoral um pequeno prolapso ou períneo fraco pode não ser identificado. Uma defecografia por ressonância deve ser solicitada, particularmente se o prolapso não puder ser reproduzido durante o exame proctológico, e como os pacientes com prolapso têm um risco de aproximadamente 15 a 30 por cento de distúrbio do assoalho pélvico concomitante (por exemplo, evacuação retal anormal e dissinergia).
Pacientes com prolapso retal apresentam sintomas que incluem desconforto abdominal, evacuação incompleta, secreção e escapes de fezes associada a hábitos intestinais alterados e uma "massa" que prolapsa através do ânus que pode reduzir espontaneamente ou exigir redução manual.
Esforço para iniciar ou completar a defecação, evacuação incompleta e uma história de manobras digitais para ajudar na defecação podem ocorrer à medida que o prolapso progride. A dor não é uma característica típica de apresentação e sugere outro diagnóstico.
Exame proctológico no prolapso retal
O diagnóstico do prolapso retal pode ser feito durante o exame proctológico ao encontrar anéis concêntricos do reto projetados através do ânus o que significa a protrusão de espessura total do reto. Muitas vezes, isso é melhor reproduzido pedindo ao paciente que faça Valsalva ou "abaixe-se" em uma simulação de defecação na posição de cócoras ou mesmo sentado no vaso sanitário.
Além disso, a abertura vaginal deve ser examinada procurando sinais de prolapso de órgãos pélvicos, útero e bexiga, que quando suspeita a avaliação uroginecológica é necessária.
O toque retal pode revelar um ânus entreaberto (patuloso), hipotonia esfincteriana, dobras ou massa e/ou patologia concomitante do assoalho pélvico (por exemplo, retocele, cistocele ou prolapso uterino). O paciente é solicitado a contrair o esfíncter anal e novamente fazer a manobra de “Valsalva” para avaliar a contração e o relaxamento do músculo puborretal.
O exame proctológico deve ser feito na posição de decúbito lateral esquerdo, pois na posição genupeitoral um pequeno prolapso ou períneo fraco pode não ser identificado. Uma defecografia por ressonância deve ser solicitada, particularmente se o prolapso não puder ser reproduzido durante o exame proctológico, e como os pacientes com prolapso têm um risco de aproximadamente 15 a 30 por cento de distúrbio do assoalho pélvico concomitante (por exemplo, evacuação retal anormal e dissinergia).
O diagnóstico de prolapso retal é baseado na observação de protrusão retal no exame proctológico ou defecografia.
Uma revisão completa dos hábitos intestinais é essencial, pois até 75 por cento dos pacientes apresentam incontinência fecal, enquanto a constipação é relatada em 15 a 65 por cento dos pacientes com prolapso retal. Além disso, uma revisão detalhada da dieta, ingestão de fibras, ingestão de líquidos e uso de medicamentos prescritos e de venda livre pode identificar causas comuns de constipação. O paciente também deve ser questionado sobre qualquer cirurgia pélvica ou anorretal. Finalmente, o paciente deve ser questionado sobre a presença de prolapso uterino ou vaginal concomitante, bem como incontinência urinária associada, que pode precisar ser abordada.
Uma revisão completa dos hábitos intestinais é essencial, pois até 75 por cento dos pacientes apresentam incontinência fecal, enquanto a constipação é relatada em 15 a 65 por cento dos pacientes com prolapso retal. Além disso, uma revisão detalhada da dieta, ingestão de fibras, ingestão de líquidos e uso de medicamentos prescritos e de venda livre pode identificar causas comuns de constipação. O paciente também deve ser questionado sobre qualquer cirurgia pélvica ou anorretal. Finalmente, o paciente deve ser questionado sobre a presença de prolapso uterino ou vaginal concomitante, bem como incontinência urinária associada, que pode precisar ser abordada.
Um prolapso retal verdadeiro deve ser diferenciado de várias outras lesões retais e anais comuns, incluindo:
- Hemorroidas internas prolapsadas. As hemorroidas internas são veias inchadas e/ou inflamadas presentes no canal anal. Hemorroidas de grau IV prolapsadas não podem ser reduzidas. As características clínicas que distinguem prolapso retal de hemorroidas internas prolapsadas incluem a presença de anéis circunferenciais de mucosa (moedas empilhadas) enquanto as hemorroidas prolapsadas resultam em pregas lineares.
- Prolapso retal oculto (intussuscepção). Envolve intussuscepção, um "encaixe" do intestino sobre si mesmo internamente, sem se projetar através da borda anal, e não é um prolapso retal verdadeiro. Isso é mais bem visto na defecografia.
- Prolapso da mucosa retal. É quando uma pequena quantidade de mucosa retal se projeta para dentro do ânus podendo se exteriorizar durante o esforço.
- Úlcera retal solitária. Este é um distúrbio retal incomum caracterizado por uma ou mais úlceras da mucosa ou uma massa semelhante a um pólipo no reto. Os pacientes apresentam sangramento, eliminação de muco, esforço durante a defecação e sensação de evacuação incompleta.
Anormalidades complexas do assoalho pélvico, como cistocele, prolapso de cúpula vaginal e enterocele, estão frequentemente associadas ao prolapso retal em mulheres e devem ser procuradas e avaliadas pelo uroginecologista antes do tratamento. A identificação de anormalidades adicionais altera a abordagem cirúrgica de procedimentos que abordam apenas o prolapso retal para reparos complexos do assoalho pélvico.
Os seguintes estudos e suas indicações para avaliar anormalidades complexas do assoalho pélvico associadas ao prolapso retal.
Exames radiográficos
Em pacientes para os quais o prolapso retal não pode ser reproduzido no exame proctológico, ou quando há sintomas sugestivos de distúrbios adicionais do assoalho pélvico, a imagem funcional é útil. A defecografia por ressonância magnética dinâmica (MRI), pode revelar defeitos associados ao prolapso retal em até 80% dos pacientes com sintomas de defecação obstrutiva.
Manometria anorretal
A manometria anorretal é útil na avaliação inicial da função do esfíncter anal, pois o esfíncter anal interno enfraquece devido à dilatação crônica e pode demonstrar baixas pressões de repouso e pode ajudar a prever a continência após o reparo e a necessidade potencial de biofeedback pós-operatório.
Independentemente dos achados de manometria ou ultrassonografia que demonstrem defeitos do esfíncter, a maioria dos pacientes é tratada para o prolapso e acompanhada no pós-operatório para avaliar o resultado funcional e a necessidade de qualquer tratamento adicional se a incontinência fecal persistir.
Colonoscopia
A colonoscopia deve ser realizada em todos os pacientes de risco médio de acordo com as diretrizes de triagem e pode ser realizada seletivamente em pacientes mais jovens, pacientes de alto risco e naqueles com novos sintomas desde a última colonoscopia. Muito raramente a colonoscopia fornece informações que podem levar a uma mudança no manejo do prolapso retal. No entanto, outra patologia (por exemplo, malignidade) pode ser detectada e requer tratamento específico.
Estudo do trânsito colônico
Um estudo do trânsito colônico é realizado para candidatos à cirurgia que tenham uma história de constipação grave para determinar se uma colectomia sigmoide ou mesmo uma colectomia abdominal total é indicada para tratar a constipação associada ao prolapso.
Os seguintes estudos e suas indicações para avaliar anormalidades complexas do assoalho pélvico associadas ao prolapso retal.
Exames radiográficos
Em pacientes para os quais o prolapso retal não pode ser reproduzido no exame proctológico, ou quando há sintomas sugestivos de distúrbios adicionais do assoalho pélvico, a imagem funcional é útil. A defecografia por ressonância magnética dinâmica (MRI), pode revelar defeitos associados ao prolapso retal em até 80% dos pacientes com sintomas de defecação obstrutiva.
Manometria anorretal
A manometria anorretal é útil na avaliação inicial da função do esfíncter anal, pois o esfíncter anal interno enfraquece devido à dilatação crônica e pode demonstrar baixas pressões de repouso e pode ajudar a prever a continência após o reparo e a necessidade potencial de biofeedback pós-operatório.
Independentemente dos achados de manometria ou ultrassonografia que demonstrem defeitos do esfíncter, a maioria dos pacientes é tratada para o prolapso e acompanhada no pós-operatório para avaliar o resultado funcional e a necessidade de qualquer tratamento adicional se a incontinência fecal persistir.
Colonoscopia
A colonoscopia deve ser realizada em todos os pacientes de risco médio de acordo com as diretrizes de triagem e pode ser realizada seletivamente em pacientes mais jovens, pacientes de alto risco e naqueles com novos sintomas desde a última colonoscopia. Muito raramente a colonoscopia fornece informações que podem levar a uma mudança no manejo do prolapso retal. No entanto, outra patologia (por exemplo, malignidade) pode ser detectada e requer tratamento específico.
Estudo do trânsito colônico
Um estudo do trânsito colônico é realizado para candidatos à cirurgia que tenham uma história de constipação grave para determinar se uma colectomia sigmoide ou mesmo uma colectomia abdominal total é indicada para tratar a constipação associada ao prolapso.
O tratamento clínico do prolapso retal tem como objetivo minimizar os sintomas antes do tratamento cirúrgico, para aqueles com comorbidades que impedem o tratamento cirúrgico e para aqueles que recusam o tratamento cirúrgico. As estratégias de tratamento clínico são determinadas pelos sintomas do paciente, grau de prolapso e magnitude do efeito adverso na qualidade de vida do paciente.
O tratamento clínico inicial para todos os pacientes inclui garantir a ingestão adequada de líquidos e fibras. Alimentos ricos em fibras, suplementos de fibras (total de 25 a 30 gramas por dia) e 1 a 2 litros por dia de água e outros líquidos são usados para regularizar o hábito intestinal e tentar controlar o escape de fezes e/ou constipação. Enemas e supositórios podem ser necessários para pacientes com constipação grave e dificuldade de evacuar o cólon.
Exercícios para os músculos do assoalho pélvico (por exemplo, Kegel - https://www.youtube.com/watch?v=HpzxdFW9e3w) podem resultar em melhora dos sintomas em mulheres com prolapso de órgão pélvico em mulheres. No entanto, não há dados que sugiram que os exercícios possam efetivamente tratar o prolapso retal.
A opção inclui enfaixar as nádegas ou colocar uma almofada volumosa contra o períneo para reduzir ou prevenir a protrusão. Isso é reservado para pacientes muito idosos e frágeis, acamados ou debilitados que não toleram nenhum procedimento cirúrgico. Esta é apenas uma medida paliativa para minimizar os sintomas sem tratar o prolapso.
O tratamento clínico inicial para todos os pacientes inclui garantir a ingestão adequada de líquidos e fibras. Alimentos ricos em fibras, suplementos de fibras (total de 25 a 30 gramas por dia) e 1 a 2 litros por dia de água e outros líquidos são usados para regularizar o hábito intestinal e tentar controlar o escape de fezes e/ou constipação. Enemas e supositórios podem ser necessários para pacientes com constipação grave e dificuldade de evacuar o cólon.
Exercícios para os músculos do assoalho pélvico (por exemplo, Kegel - https://www.youtube.com/watch?v=HpzxdFW9e3w) podem resultar em melhora dos sintomas em mulheres com prolapso de órgão pélvico em mulheres. No entanto, não há dados que sugiram que os exercícios possam efetivamente tratar o prolapso retal.
A opção inclui enfaixar as nádegas ou colocar uma almofada volumosa contra o períneo para reduzir ou prevenir a protrusão. Isso é reservado para pacientes muito idosos e frágeis, acamados ou debilitados que não toleram nenhum procedimento cirúrgico. Esta é apenas uma medida paliativa para minimizar os sintomas sem tratar o prolapso.
A cirurgia é a base para o tratamento do prolapso retal e pode ser realizada através do abdômen ou do períneo. Retardar o tratamento cirúrgico não é recomendado devido à eventual progressão dos sintomas, enfraquecimento do complexo esfincteriano e risco de encarceramento, embora a abordagem cirúrgica ideal não tenha sido elucidada. A abordagem transabdominal é preferida e pode ser realizada com abordagem aberta ou minimamente invasiva.
Os cinco procedimentos mais comumente realizados para o prolapso retal completo são:
A melhor abordagem cirúrgica para um determinado paciente é determinada pela idade, condição física e função intestinal basal (constipação ou incontinência), bem como pela experiência e preferência do cirurgião. As condições clínicas dos pacientes podem ser avaliadas por meio da escala da Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA). É fundamental que o cirurgião informe o paciente sobre as potenciais complicações em cada abordagem.
Candidatos à cirurgia abdominal
Pacientes clinicamente aptos a um procedimento devem fazer um reparo via abdominal em vez de um reparo perineal. Isso ocorre porque as taxas de recorrência após um reparo abdominal são geralmente mais baixas do que após um reparo perineal.
Para pacientes submetidos a reparo abdominal, a retopexia (fixação) é superior à ausência de retopexia (ou seja, apenas mobilização). Em um estudo randomizado, os pacientes que não foram submetidos à retopexia tiveram uma taxa de recorrência mais alta do que os pacientes que foram submetidos à retopexia. A técnica de retopexia (sutura versus tela) é determinada pela preferência do cirurgião, pois uma técnica não se mostrou superior a outras.
Para pacientes com constipação pré-existente, uma ressecção do sigmoide pode ser realizada com retopexia. Foi demonstrado que a ressecção sigmóide reduz a constipação naqueles que relatam esse sintoma no pré-operatório. A constipação pré-existente é obtida pela obtenção de um histórico completo do paciente, incluindo a frequência de evacuações e/ou outros sintomas que possam sugerir defecação obstrutiva. Pacientes sem constipação basal não se beneficiam da retopexia com ressecção do sigmóide e, portanto, ela não deve ser realizada mesmo que o cólon sigmóide seja redundante.
Os procedimentos abdominais para prolapso retal podem ser realizados com técnicas abertas ou minimamente invasivas. Embora o reparo minimamente invasivo do prolapso retal seja seguro e eficaz, não demonstrou ser superior à cirurgia aberta em resultados, como recorrência ou função intestinal pós-operatória. Assim, a abordagem operatória deve ser determinada pelo cirurgião; a cirurgia minimamente invasiva é uma opção quando o conhecimento e o equipamento necessários estão disponíveis.
Pacientes que não são candidatos à cirurgia abdominal
Para pacientes que são clinicamente inaptos a um procedimento abdominal, um dos procedimentos perineais é realizado para reparar o prolapso retal. Em geral, os procedimentos perineais são mais bem tolerados que os procedimentos abdominais porque podem ser realizados sem anestesia geral e resultam em menos complicações e menos dor.
Por razões técnicas, uma ressecção da mucosa perineal e uma plicatura muscular do prolapso retal (procedimento Delorme) são normalmente realizadas para prolapso retal de segmento curto (1 a 3 cm); uma retossigmoidectomia perineal (procedimento de Altemeier) é realizada para procidências retais mais extensas (>3 cm).
Os cinco procedimentos mais comumente realizados para o prolapso retal completo são:
- Retopexia transabdominal (anterior) com ressecção sigmóide concomitante
- Retopexia transabdominal (anterior) sem ressecção sigmóide concomitante
- Retopexia com tela ventral
- Retossigmoidectomia perineal (procedimento de Altemeier)
- Remoção da mucosa perineal e plicatura muscular para prolapso retal (Delorme)
A melhor abordagem cirúrgica para um determinado paciente é determinada pela idade, condição física e função intestinal basal (constipação ou incontinência), bem como pela experiência e preferência do cirurgião. As condições clínicas dos pacientes podem ser avaliadas por meio da escala da Sociedade Americana de Anestesiologistas (ASA). É fundamental que o cirurgião informe o paciente sobre as potenciais complicações em cada abordagem.
Candidatos à cirurgia abdominal
Pacientes clinicamente aptos a um procedimento devem fazer um reparo via abdominal em vez de um reparo perineal. Isso ocorre porque as taxas de recorrência após um reparo abdominal são geralmente mais baixas do que após um reparo perineal.
Para pacientes submetidos a reparo abdominal, a retopexia (fixação) é superior à ausência de retopexia (ou seja, apenas mobilização). Em um estudo randomizado, os pacientes que não foram submetidos à retopexia tiveram uma taxa de recorrência mais alta do que os pacientes que foram submetidos à retopexia. A técnica de retopexia (sutura versus tela) é determinada pela preferência do cirurgião, pois uma técnica não se mostrou superior a outras.
Para pacientes com constipação pré-existente, uma ressecção do sigmoide pode ser realizada com retopexia. Foi demonstrado que a ressecção sigmóide reduz a constipação naqueles que relatam esse sintoma no pré-operatório. A constipação pré-existente é obtida pela obtenção de um histórico completo do paciente, incluindo a frequência de evacuações e/ou outros sintomas que possam sugerir defecação obstrutiva. Pacientes sem constipação basal não se beneficiam da retopexia com ressecção do sigmóide e, portanto, ela não deve ser realizada mesmo que o cólon sigmóide seja redundante.
Os procedimentos abdominais para prolapso retal podem ser realizados com técnicas abertas ou minimamente invasivas. Embora o reparo minimamente invasivo do prolapso retal seja seguro e eficaz, não demonstrou ser superior à cirurgia aberta em resultados, como recorrência ou função intestinal pós-operatória. Assim, a abordagem operatória deve ser determinada pelo cirurgião; a cirurgia minimamente invasiva é uma opção quando o conhecimento e o equipamento necessários estão disponíveis.
Pacientes que não são candidatos à cirurgia abdominal
Para pacientes que são clinicamente inaptos a um procedimento abdominal, um dos procedimentos perineais é realizado para reparar o prolapso retal. Em geral, os procedimentos perineais são mais bem tolerados que os procedimentos abdominais porque podem ser realizados sem anestesia geral e resultam em menos complicações e menos dor.
Por razões técnicas, uma ressecção da mucosa perineal e uma plicatura muscular do prolapso retal (procedimento Delorme) são normalmente realizadas para prolapso retal de segmento curto (1 a 3 cm); uma retossigmoidectomia perineal (procedimento de Altemeier) é realizada para procidências retais mais extensas (>3 cm).
●Epidemiologia – Procidência retal (prolapso retal) e intussuscepção (prolapso retal oculto) são distúrbios do assoalho pélvico que geralmente ocorrem em mulheres idosas.
●Características clínicas – Os sintomas de procidência retal incluem história de desconforto abdominal, evacuação incompleta, protrusão da parede retal e secreção de muco e/ou fezes associada a hábitos intestinais alterados. O sinal mais comum é uma protusão de espessura total do reto através do ânus, que pode ser intermitente.
●Diagnóstico – O prolapso retal é diagnosticado pela observação da protrusão retal no exame proctológico ou na defecografia. Um prolapso retal verdadeiro deve ser diferenciado de hemorroidas internas prolapsadas, prolapso retal parcial (mucoso), prolapso retal oculto (intussuscepção) e síndrome da úlcera retal solitária.
●Avaliação diagnóstica – Anormalidades complexas do assoalho pélvico, como cistocele, prolapso de cúpula vaginal e enterocele, estão frequentemente associadas ao prolapso retal em mulheres e devem ser procuradas na avaliação inicial. A identificação de anormalidades adicionais altera a abordagem cirúrgica de procedimentos que abordam apenas o prolapso retal para reparos complexos do assoalho pélvico. As avaliações diagnósticas para detectar distúrbios do assoalho pélvico associados incluem exame proctológico, colonoscopia de acordo com as diretrizes de triagem, defecografia e estudos de fisiologia anorretal.
●Tratamento cirúrgico – O reparo cirúrgico é a base da terapia para pacientes com prolapso retal. As indicações para um reparo cirúrgico incluem a sensação de prolapso retal e incontinência fecal e/ou constipação associada ao prolapso. A simples presença de prolapso retal é indicação de correção cirúrgica devido à eventual progressão dos sintomas, enfraquecimento do complexo esfincteriano e risco de encarceramento.
●Tratamento clínico – Para pacientes com comorbidades que impedem um procedimento cirúrgico, ou para pacientes que recusam um reparo cirúrgico, o tratamento médico, como biofeedback ou exercícios musculares do assoalho pélvico, pode ser tentado para aliviar os sintomas.
●Características clínicas – Os sintomas de procidência retal incluem história de desconforto abdominal, evacuação incompleta, protrusão da parede retal e secreção de muco e/ou fezes associada a hábitos intestinais alterados. O sinal mais comum é uma protusão de espessura total do reto através do ânus, que pode ser intermitente.
●Diagnóstico – O prolapso retal é diagnosticado pela observação da protrusão retal no exame proctológico ou na defecografia. Um prolapso retal verdadeiro deve ser diferenciado de hemorroidas internas prolapsadas, prolapso retal parcial (mucoso), prolapso retal oculto (intussuscepção) e síndrome da úlcera retal solitária.
●Avaliação diagnóstica – Anormalidades complexas do assoalho pélvico, como cistocele, prolapso de cúpula vaginal e enterocele, estão frequentemente associadas ao prolapso retal em mulheres e devem ser procuradas na avaliação inicial. A identificação de anormalidades adicionais altera a abordagem cirúrgica de procedimentos que abordam apenas o prolapso retal para reparos complexos do assoalho pélvico. As avaliações diagnósticas para detectar distúrbios do assoalho pélvico associados incluem exame proctológico, colonoscopia de acordo com as diretrizes de triagem, defecografia e estudos de fisiologia anorretal.
●Tratamento cirúrgico – O reparo cirúrgico é a base da terapia para pacientes com prolapso retal. As indicações para um reparo cirúrgico incluem a sensação de prolapso retal e incontinência fecal e/ou constipação associada ao prolapso. A simples presença de prolapso retal é indicação de correção cirúrgica devido à eventual progressão dos sintomas, enfraquecimento do complexo esfincteriano e risco de encarceramento.
●Tratamento clínico – Para pacientes com comorbidades que impedem um procedimento cirúrgico, ou para pacientes que recusam um reparo cirúrgico, o tratamento médico, como biofeedback ou exercícios musculares do assoalho pélvico, pode ser tentado para aliviar os sintomas.
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