US PREVENTIVE SERVICES TASK FORCE (USPSTF) RECOMENDA RASTREAMENTO
PARA CÂNCER COLORRETAL A PARTIR DE 45 ANOS
PARA CÂNCER COLORRETAL A PARTIR DE 45 ANOS
O rastreamento para o câncer colorretal deve começar aos 45 anos em vez dos 50 anos, como consta na diretriz atual, afirmou a US Preventive Services Task Force (USPSTF) em uma recomendação preliminar aberta para comentários do público. "Esta foi a única alteração", disse o membro da Força-Tarefa, Dr. Michael Barry, médico, diretor do Programa de Decisões Médicas Informadas no Health Decision Sciences Center do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos.
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A recomendação é que o rastreamento para câncer colorretal seja realizado em todas as pessoas de 45 a 75 anos de idade.
Esta é uma recomendação "A" para pessoas de 50 a 75 anos e "B" para aquelas com 45 a 49 anos. O Dr. Michael explicou que a razão para essa diferença é que o benefício é menor para o grupo de 45 a 49 anos. "Mas não há muita diferença entre A e B do ponto de vista prático", explicou.
Para adultos de 76 a 85 anos, os benefícios e danos do rastreamento precisam ser ponderados em relação à saúde geral do indivíduo e às circunstâncias pessoais. Esta é uma recomendação "C".
A mudança ocorre após o acúmulo de evidências a respeito da maior incidência de casos de câncer colorretal em adultos mais jovens e do aumento da pressão para reduzir a idade inicial.
Dois anos atrás, a American Cancer Society (ACS) revisou suas próprias diretrizes de rastreamento e diminuiu a idade inicial para 45 anos. Logo depois, uma coalizão de 22 grupos de saúde pública e defesa do paciente juntou-se à ACS para enviar uma carta à USPSTF solicitando que a Força-Tarefa reconsiderasse sua orientação de 2016 (que recomenda o início do rastreamento aos 50 anos).
O restante da nova recomendação preliminar é semelhante às diretrizes de 2016, nas quais a Força-Tarefa afirmou que há evidências convincentes de que o rastreamento do câncer colorretal reduza substancialmente a mortalidade relacionada com a doença. No entanto, ela não recomenda nenhuma abordagem de rastreamento em detrimento de outra. Ela recomenda a visualização direta, como a colonoscopia, bem como testes não invasivos como o de fezes. Não recomenda exames de sangue, urina ou endoscopia por cápsula, porque ainda não há evidências suficientes sobre os benefícios e malefícios desses testes.
"O teste certo é aquele que o paciente fará", comentou o Dr. Michael.
Definindo as populações
O câncer colorretal em adultos jovens foi notícia há alguns meses, quando Chadwick Boseman, conhecido por seu papel como Rei T'Challa no filme "Pantera Negra", da Marvel, faleceu por câncer de cólon. Diagnosticado em 2016, ele tinha apenas 43 anos.
"O recente falecimento de Chadwick Boseman é trágico, e nossos pensamentos estão com sua família e amigos durante este momento difícil", disse o Dr. Michael. "Como homem negro, os dados mostram que Chadwick tinha um risco maior de câncer colorretal."
Infelizmente, ainda não há evidências suficientes de que rastrear homens negros com menos de 45 anos possa prevenir mortes trágicas como a de Chadwick, comentou ele. "A Força-Tarefa fez está solicitando mais pesquisas sobre o rastreamento do câncer colorretal em adultos negros", acrescentou.
Limite a triagem àqueles com maior risco
Diferentemente das diretrizes da USPSTF e ACS, que recomendam o rastreamento para câncer colorretal para todas as pessoas acima de uma certa idade, um conjunto de recomendações desenvolvidas por um painel internacional de especialistas sugere o rastreio apenas para indivíduos que têm maior risco de câncer colorretal.
Conforme relatado anteriormente pelo Medscape, essas diretrizes sugerem restringir o rastreamento a adultos com risco cumulativo de câncer ≥ 3% nos próximos 15 anos, o ponto em que o equilíbrio entre benefício e dano favorece o rastreamento.
Os autores, liderados pela Dra. Lise Helsingen, médica do Grupo de Pesquisa de Efetividade Clínica da Universitetet i Oslo, na Noruega, disseram que "a decisão ideal para cada pessoa requer uma decisão compartilhada".
Essa abordagem baseada no risco é "cada vez mais considerada a forma mais apropriada de discutir o rastreamento do câncer". Essa abordagem já é usada no rastreamento do câncer de próstata e de pulmão, disseram eles.
Agency for Healthcare Research and Quality. Evidence Synthesis No. 202.
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Esta é uma recomendação "A" para pessoas de 50 a 75 anos e "B" para aquelas com 45 a 49 anos. O Dr. Michael explicou que a razão para essa diferença é que o benefício é menor para o grupo de 45 a 49 anos. "Mas não há muita diferença entre A e B do ponto de vista prático", explicou.
Para adultos de 76 a 85 anos, os benefícios e danos do rastreamento precisam ser ponderados em relação à saúde geral do indivíduo e às circunstâncias pessoais. Esta é uma recomendação "C".
A mudança ocorre após o acúmulo de evidências a respeito da maior incidência de casos de câncer colorretal em adultos mais jovens e do aumento da pressão para reduzir a idade inicial.
Dois anos atrás, a American Cancer Society (ACS) revisou suas próprias diretrizes de rastreamento e diminuiu a idade inicial para 45 anos. Logo depois, uma coalizão de 22 grupos de saúde pública e defesa do paciente juntou-se à ACS para enviar uma carta à USPSTF solicitando que a Força-Tarefa reconsiderasse sua orientação de 2016 (que recomenda o início do rastreamento aos 50 anos).
O restante da nova recomendação preliminar é semelhante às diretrizes de 2016, nas quais a Força-Tarefa afirmou que há evidências convincentes de que o rastreamento do câncer colorretal reduza substancialmente a mortalidade relacionada com a doença. No entanto, ela não recomenda nenhuma abordagem de rastreamento em detrimento de outra. Ela recomenda a visualização direta, como a colonoscopia, bem como testes não invasivos como o de fezes. Não recomenda exames de sangue, urina ou endoscopia por cápsula, porque ainda não há evidências suficientes sobre os benefícios e malefícios desses testes.
"O teste certo é aquele que o paciente fará", comentou o Dr. Michael.
Definindo as populações
O câncer colorretal em adultos jovens foi notícia há alguns meses, quando Chadwick Boseman, conhecido por seu papel como Rei T'Challa no filme "Pantera Negra", da Marvel, faleceu por câncer de cólon. Diagnosticado em 2016, ele tinha apenas 43 anos.
"O recente falecimento de Chadwick Boseman é trágico, e nossos pensamentos estão com sua família e amigos durante este momento difícil", disse o Dr. Michael. "Como homem negro, os dados mostram que Chadwick tinha um risco maior de câncer colorretal."
Infelizmente, ainda não há evidências suficientes de que rastrear homens negros com menos de 45 anos possa prevenir mortes trágicas como a de Chadwick, comentou ele. "A Força-Tarefa fez está solicitando mais pesquisas sobre o rastreamento do câncer colorretal em adultos negros", acrescentou.
Limite a triagem àqueles com maior risco
Diferentemente das diretrizes da USPSTF e ACS, que recomendam o rastreamento para câncer colorretal para todas as pessoas acima de uma certa idade, um conjunto de recomendações desenvolvidas por um painel internacional de especialistas sugere o rastreio apenas para indivíduos que têm maior risco de câncer colorretal.
Conforme relatado anteriormente pelo Medscape, essas diretrizes sugerem restringir o rastreamento a adultos com risco cumulativo de câncer ≥ 3% nos próximos 15 anos, o ponto em que o equilíbrio entre benefício e dano favorece o rastreamento.
Os autores, liderados pela Dra. Lise Helsingen, médica do Grupo de Pesquisa de Efetividade Clínica da Universitetet i Oslo, na Noruega, disseram que "a decisão ideal para cada pessoa requer uma decisão compartilhada".
Essa abordagem baseada no risco é "cada vez mais considerada a forma mais apropriada de discutir o rastreamento do câncer". Essa abordagem já é usada no rastreamento do câncer de próstata e de pulmão, disseram eles.
Agency for Healthcare Research and Quality. Evidence Synthesis No. 202.
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