COLONOSCOPIA - COLOPROCTOLOGIA - ENDOSCOPIA
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COLONOSCOPIA

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O que é o exame de colonoscopia?
A colonoscopia consiste no exame do interior do reto, do cólon e do íleo terminal...
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Por que fazer a colonoscopia?
Geralmente é solicitada para a investigação de sintomas e prevenção do câncer colorretal.
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Contraindicações à colonoscopia!
Na medicina, contraindicação é uma condição que serve como motivo para não fazer ou fazer com cautela...
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É necessário a internação hospitalar?
Não! A colonoscopia é ambulatorial, durando cerca de 20 minutos e com alta em 30 a 40 minutos.
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No diagnóstico das doenças colorretais
Quando realizada de acordo com critérios bem definidos aumenta o rendimento diagnóstico.
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Como é feito a colonoscopia?
O exame do reto, cólon e íleo terminal é realizado durante a retirada do aparelho (colonoscópio).
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Quais são os grupos de risco?
A colonoscopia é considerada o melhor exame para a detecção e remoção do pólipo colorretal.
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Exames antes da colonoscopia!
Exames laboratoriais para a maioria: hemograma e coagulograma (avalia o risco de sangramento).
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A colonoscopia é dolorosa?
Não! A sedação e analgesia consciente é realizada em todos e faz você relaxar e dormir confortavelmente.
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No tratamento das doenças colorretais
É eficaz no tratamento das doenças colorretais, segura e com poucas complicações.
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Qual é o equipamento usado?
Sistema eletrônico de vídeo moderno da marca Fujinon® série 2200 Composto da...
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Prevenção do câncer colorretal
A colonoscopia é considerada o melhor exame para a detecção e remoção do pólipo colorretal.
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Medicações de uso contínuo!
A maioria dos remédios deve ter seu uso continuado e no dia do exame tomados com pouca água.
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Posso ir sozinho na colonoscopia?
Não! Devido a sedação é obrigatória a presença de um acompanhante para levá-lo para casa.
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Quais são as complicações da colonoscopia?
É um exame seguro, no entanto, como todo ato médico, não é isenta de complicações.

O que é o exame de colonoscopia?
Como a colonoscopia é realizada?
Qual é o equipamento usado para fazer a colonoscopia?
Quais são as indicações para fazer a colonoscopia?
Quais são os grupos de risco para o câncer colorretal?
Quais são exames necessários para fazer a colonoscopia?
O que é colonoscopia de rastreamento para prevenção do câncer colorretal?
Quais são as contraindicações da colonoscopia?
O que fazer com as medicações de uso crônico antes de realizar a colonoscopia?
É necessária a internação hospitalar para a fazer a colonoscopia?
Vou sentir dor durante a colonoscopia?
Posso ir sozinho fazer a colonoscopia?
Colonoscopia no diagnóstico das doenças colorretais
Colonoscopia no tratamento das doenças colorretais
….Biópsia
….Estudo colonoscópico dos pólipos
….Tratamento dos Pólipos
….Hemorragia Digestiva Baixa
A colonoscopia é perigosa?
A colonoscopia é segura no idoso?
Quais são as complicações da colonoscopia?
Quando parar de fazer a colonoscopia de prevenção?
Quais são as recomendações para casos e situações especiais?
Quais são as orientações a seguir após a colonoscopia?
O que posso sentir após a colonoscopia?
Qual é o preparo necessário para fazer a colonoscopia?


 O que é o exame de colonoscopia?
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A colonoscopia consiste no exame do interior do reto, do cólon e do íleo terminal, com imagem ampliada e de alta definição, através da introdução, pelo ânus, de um tubo flexível que permite a visão direta. É um meio seguro e fácil para o diagnóstico e, eventualmente, tratamento das doenças do reto, do cólon e do íleo terminal.​
É realizada em Clínicas Especializadas ou no Setor de Endoscopia Hospitalar, com um mínimo de desconforto para o paciente pela administração de medicações analgésicas e sedativas através da veia durante exame. Antes do exame o intestino grosso deve ser limpo para que nenhum resíduo fecal fique no seu interior (PREPARO DO CÓLON).
Colonoscopia de alta qualidade requer compreensão e domínio das habilidades cognitivas e técnicas do examinador.
Indicadores de qualidade antes, durante e depois da colonoscopia:

# Antes do exame – Agendamento oportuno, preparação adequada do paciente, avaliação do risco de sangramento e avaliação da sedação apropriada.
# Durante o exame – Visualização cuidadosa de toda a mucosa intestinal. Cálculo das taxas de intubação cecal, tempo de retirada do aparelho e taxas de detecção de adenoma são marcadores de qualidade.
# Após o exame – Documentação imediata, completa e precisa (tanto escrita quanto fotográfica) da qualidade da preparação, dos achados e amostras de tecido tomadas durante a colonoscopia.


Como a colonoscopia é realizada?
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O exame completo do reto, cólon e íleo terminal é realizado durante a retirada do aparelho (colonoscópio), mas para chegar no ceco ou íleo terminal, algumas manobras são necessárias. Com o paciente deitado sobre o ombro esquerdo, a região perianal e anal é examinada, segue-se o toque retal para relaxar o canal anal e afastar lesões estenosantes que podem impedir o início do exame.
A ponta do colonoscópio lubrificada é delicadamente introduzida no canal anal. O reto é visualizado e ultrapassado geralmente sem dificuldade. O sigmoide pode apresentar certa dificuldade na transição retossigmoidiana e quando forma alça em "N" ou em "α", mas com algumas manobras (tração e rotação para a direita ou esquerda), compressão do abdome pelo auxiliar e mudança para o decúbito dorsal ("barriga para cima") frequentemente consegue-se prosseguir com o exame.
O cólon descendente normalmente é examinado facilmente e identificado pelo aspecto tubular com menos angulações. O ângulo esplênico é ultrapassado mantendo-se o aparelho retificado e rodando-o para a esquerda. O cólon transverso (aspecto triangular) normalmente é vencido com facilidade.
O ângulo hepático é usualmente vencido pela angulação aguda da ponta do colonoscópio juntamente com certa tração e rotação para direita alcançando o cólon ascendente para chegar ao ceco (fundo cego, orifício apendicular e válvula ileocecal). 
A identificação do ceco é que assegura um exame completo e sempre se deve tentar visualizar o íleo terminal pela transposição da válvula ileocecal.

Qual é o equipamento usado para fazer a colonoscopia?
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Sistema eletrônico de vídeo moderno da marca Fujinon® série 200 composto da processadora EPX-2200 110v NTSC, do colonoscópio EC-250HL com diâmetro de 13.0 mm, extensão de 168 cm e canal de biópsia de 3.2 mm.
Fonte de luz que produz luminosidade transmitida através de fibras ópticas até a ponta distal do colonoscópio onde existe um sistema de microcâmera que capta a imagem e a envia ao monitor.

​Quais são as indicações para fazer a colonoscopia?
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Geralmente a colonoscopia é solicitada para a investigação de sintomas e rastreamento do câncer colorretal.
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Na primeira situação, a colonoscopia é indicada pelo médico assistente para investigação de determinados sintomas, como alteração de hábito intestinal e dor abdominal. Uma das queixas mais importantes para indicação de uma colonoscopia é o sangramento anal. Neste caso, o médico deverá avaliar com cuidado o quadro clínico, considerando fatores como idade e história familiar de câncer de intestino grosso. Além disso, antes de ser indicada uma colonoscopia de investigação, o paciente deve ser adequadamente examinado, incluindo o exame proctológico com toque retal.

Na segunda situação, em contraste, o exame é realizado para rastreamento, ou seja, para detecção de uma eventual lesão em um indivíduo que não tem nenhuma queixa. Essa indicação se baseia no conhecimento que hoje se tem do processo de desenvolvimento do câncer de intestino. Os tumores malignos de intestino, em sua maioria, se desenvolvem a partir de lesões precursoras benignas, chamadas de pólipos, o que pode ocorrer ao longo de um período de anos.  Existe, portanto, um intervalo de tempo em que se pode, através da colonoscopia, detectar e retirar um pólipo antes que este tenha a chance de se tornar um tumor maligno. Com isso faremos efetivamente a prevenção do câncer colorretal.
Detalhamento das principais indicações da colonoscopia
1- Avaliação de alterações intestinais em exames de imagem: ultrassom ou tomografia ou ressonância.
2- Avaliação de sangramento intestinal.
a- Sangramento intestinal sem fezes (enterorragia) ou com fezes (hematoquezia).
b- Sangramento intestinal escuro (melena).
c- Presença de sangue oculto positivo nas fezes.
3- Anemia por deficiência de ferro (ferropriva) de causa desconhecida.
4- Prevenção e acompanhamento do câncer colorretal.
a- Prevenção em pessoas sem sintomas em idade de risco para o câncer colorretal.
b- Prevenção em pessoas com história familiar sugestiva de câncer colorretal hereditário (HNPCC ou Síndrome de Lynch).
c- Prevenção em pessoas com parentes de primeiro grau de pacientes com câncer colorretal.
d- Prevenção em pessoas que retiraram pólipos colorretais pré-cancerosos.
e- Prevenção em pessoas com Retocolite Ulcerativa ou Doença de Crohn.
f- Prevenção em mulheres com câncer de mama ou ovário ou útero.
g- Afastar outro câncer ou pólipo colorretal simultâneo antes do tratamento do existente.
5- Diagnóstico e acompanhamento da retocolite ulcerativa e doença de Crohn.
6-Diarreia clinicamente significativa de origem desconhecida.
7- Identificação pré-operatória ou intra-operatória de lesão não aparente na cirurgia.
8- Tratamento de lesões com sangramento ativo: ectasia vascular, ulceras, câncer, local de polipectomia, etc.
9- Retirada de corpo estranho.
10- Tratamento de pólipos colorretais (polipectomia ou mucosectomia).
11- Obstrução cólica: diagnóstica e descompressiva pré-operatória e no tratamento paliativo para o câncer colorretal.
12- Descompressão de megacólon não tóxico agudo, pseudo-obstrução aguda e volvo parcial do sigmoide.
13- Dilatação em estenose da Doença de Crohn e nas estenoses de anastomoses.
14- Dor abdominal associada ou não a alteração do hábito intestinal.
15- Câncer metastático de sítio primário desconhecido.
16- Diarreia aguda.
17- Sangramento do trato gastrointestinal alto ou melena de origem conhecida.​

Quais são os grupos de risco para o câncer colorretal?
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A medicina tem evoluído muito nos últimos anos e surgiram mais opções de tratamentos para doenças colorretais. Para tentar reduzir os números de pacientes como o câncer colorretal, tem-se investido em programas de medicina preventiva. E para que o planejamento das ações a serem praticadas se torne mais simples, é preciso identificar os grupos de risco. 

​Os grupos de risco têm a função de selecionar quais pessoas precisam de atenção imediata para a prevenção do câncer colorretal. A identificação dos grupos de risco mostra quais indivíduos têm mais chance de desenvolver o câncer colorretal para que possam ser colocados sob controle. Essa prática ajuda a promover ações preventivas mais pontuais para evitar o crescimento das taxas de incidência do câncer colorretal.
O termo "risco" é usado para definir a chance de uma pessoa sadia, exposta a determinados fatores, ambientais ou hereditários, desenvolver uma doença. Os fatores associados ao aumento do risco de se desenvolver uma doença são chamados fatores de risco.
RISCO MÉDIO - VEJA DETALHES⇒
A- Idade igual ou maior a 50 anos. Recentemente, a American Cancer Society (ACS) publicou novas diretrizes para abordagem da doença e anunciou que o rastreamento do câncer colorretal deve começar aos 45 anos para adultos com risco médio. Veja a revisão aqui!

RISCO INTERMEDIÁRIO - VEJA DETALHES⇒
História familiar de câncer colorretal, adenoma e pólipo serrilhado em seus parentes de primeiro grau (pais, filhos e irmãos).

RISCO ALTO - VEJA DETALHES⇒
A- Colonoscopia anterior com diagnóstico de pólipo (adenoma ou pólipo serrilhado) no intestino. ⇒
B- Quem já teve câncer colorretal. ⇒
C- Mulheres com câncer de mama, ovário ou útero.⇒

D- Portadores da Doença de Crohn e Retocolite Ulcerativa.⇒


​Quais são as contraindicações para fazer a colonoscopia?
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Na medicina, contraindicação é uma condição que serve como motivo para não se fazer a colonoscopia pelo dano que poderia causar ao paciente ou fazê-la com cautela. A contraindicação é o oposto da indicação, o que justifica a utilização de determinado tratamento.
 
Existem dois tipos de contraindicações:
  • Contraindicação absoluta significa que o evento ou substância pode causar uma situação de risco de vida. Um procedimento que se enquadre nesta categoria deve ser evitado.
  • Contraindicação relativa significa que se deve ter cautela à realização da colonoscopia. (É aceitável fazê-lo se os benefícios superarem o risco.)
 
Contraindicações absolutas à realização da colonoscopia
 
Abaixo listo as contraindicações absolutas para o paciente uma vez que pode causar grave consequência ou até mesmo ser fatal. Portanto, não é permitida em nenhuma circunstância nas seguintes condições:
  1. Quando os riscos da colonoscopia superam os benefícios esperados.
  2. O consentimento não pode ser obtido para um procedimento não urgente.
  3. Uma perfuração do trato gastrointestinal é conhecida ou suspeita.
  4. Condições médicas associadas a um alto risco de perfuração como na colite fulminante ou megacolon tóxico e diverticulite aguda documentada.
  5. Cirurgia recente com anastomose colônica ou lesão seguido de reparo intestinal. 
  6. Instabilidade hemodinâmica.
 
Contraindicações relativas à realização da colonoscopia
 
Por outro lado, uma contraindicação relativa é um em que há uma classificação de fator de risco e deve ser cauteloso. O médico decide em casos individuais, realizando a colonoscopia quando o benefício esperado for maior.
  1. Doenças cardiorrespiratórias.
  2. Doenças da coagulação ou em uso de anticoagulantes.
  3. Gravidez.
  4. Aneurisma abdominal grande.
  5. Esplenomegalia.
 
Considerações especiais
 
Infarto do miocárdio recente. Em pacientes que tiveram um infarto do miocárdio, uma colonoscopia realizada nas primeiras 3 semanas após o infarto pode provocar arritmia, embora as únicas complicações relatadas durante a colonoscopia nos 30 dias após um infarto do miocárdio sejam hipotensão e bradicardia.
 
DII grave com ulceração profunda no reto/cólon sigmóide distal. Embora não seja estritamente contraindicado aumentam o risco de perfuração colônica. 
 
Em geral, os pacientes devem esperar pelo menos 6 semanas após esses eventos agudos antes de prosseguir com uma colonoscopia.
 
Pacientes com dor abdominal intensa e sinais peritoneais podem estar em risco de possível obstrução completa ou gangrena intestinal e devem ser avaliados primeiro por outras modalidades. Esses pacientes não devem ser submetidos à colonoscopia devido ao risco de perfuração intestinal por insuflação de ar de um intestino distendido.
 
A descompressão colonoscópica do volvo cecal, embora relatada, tem uma alta taxa de falha. Portanto, o volvo cecal deve ser tratado cirurgicamente. A falha da distorção intestinal endoscópica ou volvo colônico com perfuração intestinal, infarto intestinal ou peritonite são indicações para cirurgia de emergência.
 
É importante que os benefícios esperados da colonoscopia sejam cuidadosamente avaliados em relação aos riscos, particularmente em idosos e pacientes com comorbidades, pois esses pacientes apresentam risco aumentado de complicações graves da colonoscopia. 
 
Se um paciente não puder ser sedado adequadamente, apesar de uma tentativa razoável de sedação, a colonoscopia deve ser adiada até que a sedação adequada possa ser fornecida (por exemplo, cuidados anestésicos monitorados ou anestesia geral). Finalmente, uma suspeita de má preparação é uma contraindicação relativa à colonoscopia.

​Quais são os exames necessários para fazer a colonoscopia?
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BAIXE O PEDIDO MÉDICO DO HEMOGRAMA E DO COAGULOGRAMA
Exames laboratoriais necessários para a maioria é o hemograma completo e o coagulograma (avalia o risco de sangramento).
Testes laboratoriais específicos para pacientes que sofram de disfunções endócrinas, renais e hepáticas significativas, ou que estejam fazendo uso de medicamentos que possam prejudicar essas funções. Outros exames dependerão das doenças existentes e da indicação do exame. Poderá ser necessária a realização do risco clínico/cirúrgico.
Informar a presença de doenças cardiovasculares, renais, hepáticas (do fígado) e respiratórias (asma ou bronquite), apneia do sono, entre outras, para que medidas específicas sejam tomadas.
Informar o uso de medicamentos em uso crônico ou eventual, reações adversas e alergias a medicamentos, para reduzir ou mesmo evitar complicações durante a colonoscopia.
Informar se teve sangramentos recentes de difícil controle para evitar sangramento no caso de se fazer procedimentos (polipectomia ou mucosectomia) durante a colonoscopia. Na suspeita de problemas na coagulação, uma avaliação laboratorial mais detalhada é recomendada com o hematologista.
Informar se já fez cirurgias intestinais porque algumas alteram a anatomia do trato intestinal e consequentemente alteram os achados do exame.
Informar se já fez colonoscopia e se não teve complicações. O conhecimento de complicações é importante para tomar medidas preventivas, e assim evitá-las. Levar os resultados anteriores para que o médico examinador saiba se você é portador de alguma alteração intestinal que mereça controle ou acompanhamento.

​O que fazer com as medicações de uso crônico antes de realizar a colonoscopia?
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A maioria dos remédios deve ter seu uso continuado, principalmente antibióticos, anti-hipertensivos, remédios para o coração e para convulsão (epilepsia). No dia do exame devem ser tomados com pouca água.
Alguns remédios podem interferir com o preparo ou com os procedimentos do exame. Assim, no momento do agendamento e antes do exame, informe todos os medicamentos em uso (inclusive os considerados naturais).
Alguns anticoagulantes devem ser suspensos com dias de antecedência e outras medicações como hipoglicemiantes orais e insulina necessitam de ajustes. Siga rigorosamente as orientações que lhe foram dadas no momento da marcação de seu exame. Informe ao chegar para fazer a colonoscopia qualquer tipo de alergia ou reação que teve a alimentos, medicamentos, sedativos e anestésicos.
  1. Tome os remédios permitidos e de uso crônico na manhã do exame com pouca água.
  2. Se diabético, não tome a insulina ou o remédio (hipoglicemiante) no dia do exame.
  3. Se tomar ticlopidina ou clopidogrel, pare 7 dias antes, mas com a aprovação do seu médico.
  4. Se tomar rivaroxaban, dabigatran, apixaban pare 3 dias antes, mas com a aprovação do seu médico.
  5. Se tomar remédio com sulfato ferroso (tratamento da anemia por deficiência de ferro), pare 3 dias antes.
  6. Se tomar varfarina sódica comunicar ao responsável pela marcação do exame. Você não poderá fazer o exame usando esse medicamento.
  7. Compareça à Clínica para a colonoscopia 15 minutos antes do horário com apenas 01 acompanhante, sem esmalte, qualquer tipo de jóias (brincos, anéis, cordões, relógio, etc.) e traga uma camiseta de algodão (qualquer cor) fechada.
  8. Traga os exames recentes com hemograma e coagulograma (tempo de protrombina, RNI e tempo de tromboplastina parcial).
  9. Traga por escrito, em letra legível, os nomes das doenças (caso tenha) e dos remédios de uso crônico (caso faça use).

​É necessário a internação hospitalar para a fazer a colonoscopia?
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A colonoscopia é um procedimento ambulatorial, ou seja, não há necessidade de se internar ou mesmo passar a noite em hospital. Você faz todo o preparo em casa e chega com antecedência de 15 a 30 minutos à clínica, realiza a colonoscopia sob sedação venosa e recebe alta em 30 a 40 minutos, obedecendo alguns critérios de segurança.
 
Raramente, a colonoscopia exigi a internação em hospital para ser realizada. Mais de 95% das colonoscopias são realizadas em Clínicas. Mas, como todo procedimento, tem seus riscos, em alguns casos a internação em hospital é necessária.
 
Como nas doenças crônicas graves do coração, pulmão, rim e fígado ou em uso de medicamentos anticoagulantes que não podem ser suspensos. Quando estes riscos são elevados, há indicação de fazer a colonoscopia em ambiente hospitalar. Também se faz necessário a internação em hospital para a retirada de uma grande lesão, quando o risco de complicações, perfuração do intestino ou sangramento, é maior.

Vou sentir dor durante a colonoscopia?
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Não, a sedação e analgesia consciente é realizada em todos que fazem a colonoscopia. O uso dos remédios faz você relaxar e dormir, mas despertará quando chamado ou estimulado pelo toque. Nenhuma intervenção é necessária para manter a respiração e a função do coração é preservada. O oxigênio a 100% é usado para diminuir o risco da queda do nível de oxigênio no sangue.

O objetivo principal da sedação é reduzir a ansiedade e o desconforto, melhorando a satisfação e tolerabilidade à colonoscopia, além de possibilitar ao colonoscopista um ambiente ideal para a análise adequada.
 
A aplicação de sedativos e analgésicos na colonoscopia melhoram as taxas de exames completos, a tolerância, a satisfação e a probabilidade de repetir o procedimento, e reduz a frequência de complicações relacionadas ao exame.
 
A sedação e analgesia é ato médico e o colonoscopista deve conhecer bem os medicamentos, os níveis de sedação, efeitos colaterais e tratar as complicações. A resposta à sedação e analgesia não é uniforme e, portanto, as medicações devem ser administradas em pequenas doses. A dose da medicação depende da ansiedade do paciente, idade (o risco de eventos adversos seria maior em idosos), medicamentos em uso (principalmente tranquilizantes e sedativos), abuso de drogas ou álcool e doenças (doença cardíaca ou pulmonar, doença neurológica ou convulsão e apneia do sono).
 
A duração e grau de dificuldade do exame também influencia a dose. História de reações adversas ou alergia a procedimentos anteriores é sinal de alerta.
 
A doença renal crônica não influencia na escolha e dose da medicação mais comumente usada (propofol, fentanil ou midazolam). Na doença crônica do fígado a sedação com propofol e fentanil ou midazolam e fentanil é segura, com taxa de complicações semelhantes. O esquema de propofol e fentanil é mais eficaz com menor tempo de recuperação pós-exame.
 
Pacientes sedados com propofol de forma não contínua (bolus) é mais segura. A dose usada é menor, a frequência de queda da oxigenação do sangue também é menor e o despertar é mais precoce quando comparado à infusão contínua.
 
Jejum: em pacientes de baixo risco para broncoaspiração o jejum de 6 horas para alimentos sólidos e de 2 horas para líquidos límpidos sem resíduos são suficientes para promover as colonoscopias com segurança e qualidade.
 
Após a conclusão da colonoscopia, devido a sedação e analgesia intravenosa, os pacientes necessitam de observação e monitoramento até que se recuperem dos efeitos dos sedativos. A decisão de alta é tomada com base nos níveis de consciência, pressão arterial e frequência cardíaca, oxigenação e dor/desconforto, que devem ser avaliados em intervalos regulares e registrados até estas medidas retornarem aos valores basais.
 
Critérios padronizados são usados para avaliar a recuperação da sedação (ESCALA DE ALDRETE-KROULIK). Todos os pacientes devem receber instruções verbais e escritas, descrevendo dieta, atividades, medicações e acompanhamento de avaliações a serem seguidas após o procedimento. Um número de telefone de contato com disponibilidade de 24 horas/dia, de uma pessoa responsável pelo serviço de endoscopia.

Posso ir sozinho fazer a colonoscopia?
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Não! A sedação e analgesia consciente é realizada em todos que fazem a colonoscopia. É o sono induzido por drogas, mas despertará quando chamado ou estimulado pelo toque. Após o exame você será levado para a recuperação onde ficará em uma poltrona confortável ou uma maca. Você poderá acordar na recuperação e não se lembrar de como chegou.
 
Respeitando critérios de segurança e as normas da legislação Brasileira (SS-169/96, CFM 1.409/94 e SS-SP 2/2006) é obrigatória a presença de um acompanhante até o seu retorno à sua residência.
 
Os medicamentos que você recebeu podem mudar a maneira como você pensa e dificultar a lembrança pelo resto do dia.
 
Como resultado, NÃO é seguro para você dirigir um carro ou encontrar o caminho para casa. Você não terá permissão para sair sozinho. Você vai precisar de um amigo ou membro da família para levá-lo para casa.
 
É obrigatório que o paciente com idade inferior a dezoito anos e não emancipado ou que tenha sido considerado legalmente incapaz esteja acompanhado pelo responsável legal.
 
Não planeje voltar ao trabalho pelo resto do dia. Não é seguro manusear ferramentas ou equipamentos.
 
Você também deve evitar tomar decisões importantes de trabalho ou legais pelo resto do dia, mesmo que acredite que seu pensamento está claro.
 
Fique de olho no local onde os fluidos intravenosos e os medicamentos foram administrados. Fique atento a qualquer vermelhidão ou inchaço.
 
Pergunte ao seu médico quais medicamentos ou anticoagulantes você deve começar a tomar novamente e quando tomá-los.
 
Se você removeu um pólipo muito grande, seu médico poderá pedir que você evite levantar pesos e outras atividades por até 1 semana.

​A colonoscopia é perigosa?
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O exame de colonoscopia não é perigoso. Trata-se de um exame seguro, mas que tem alguns riscos, embora sejam bastante baixos. O risco de complicações graves após a colonoscopia é baixo.
Nas colonoscopias de rastreamento, complicações graves variam de 1,98 a 2,8 por 1000 exames. Mais de 85% destas complicações ocorrem quando pólipos são retirados.
Os índices de mortalidade variam entre 0,006% e 0,5%1,3-5 e relacionam-se a complicações, como perfuração e hemorragia, principalmente em pacientes com doenças graves submetidos a exames de urgência.
No entanto, o risco de colonoscopia não é constante entre os grupos. Os idosos têm maior risco de complicações graves em comparação com pacientes mais jovens. Pacientes com idade entre 80 e 84 anos têm uma taxa mais alta de complicações graves em comparação com pacientes com idade entre 66 e 69 anos (8.8 por 1000 procedimentos versus 5.0 por 1.000 procedimentos).
O risco de complicações sérias também aumentou nos pacientes com doenças crônicas (acidente vascular encefálico, doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrilação atrial e insuficiência cardíaca).

A colonoscopia é segura no idoso?
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A primeira colonoscopia de prevenção deve ser considerada em homens ≤85 anos e mulheres ≤90 anos quando a expectativa de vida for de 10 anos ou mais. A idade avançada por si só não é um motivo para evitar a colonoscopia e quando considerada pode impedir diagnósticos, tratamentos e até mesmo a cura de doenças. 
A colonoscopia é o principal exame para investigar os sintomas gastrointestinais baixos (dor abdominal associado a alteração do ritmo intestinal, sangramento intestinal e anemia por deficiência de ferro). Os pacientes encaminhados com esses ou outros sintomas devem ser avaliados para determinar o risco/benefício da colonoscopia. Se o paciente estiver com as condições clínicas estáveis para fazer a preparação intestinal, a colonoscopia deve ser realizada como primeira escolha. 
Em pacientes idosos, a colonoscopia é segura, bem tolerada e oferece bom rendimento diagnóstico. A sedação não é problema.  Nos idosos a taxa de preparo de intestino inadequado é maior e, portanto, deve ser otimizado.
O câncer colorretal é a segunda principal causa de mortalidade relacionada ao câncer em todo o mundo e a quarta doença maligna mais diagnosticada. Aproximadamente 90% dos novos cânceres colorretais são diagnosticados em pacientes acima de 50 anos, com a idade média de diagnóstico aos 69 anos. A idade, portanto, é um importante fator de risco para o desenvolvimento de câncer colorretal e os idosos sendo desproporcionalmente mais afetados, necessitam da triagem e vigilância. A colonoscopia, reduz significativamente a incidência do câncer colorretal nos idosos (cerca de 50%).
No idoso é importante considerar as diversas condições médicas presentes, aos medicamentos em uso, a capacidade cognitiva para entender o preparo do intestino e a mobilidade, condições que tornam o preparo inadequado com mais frequência. Deve-se usar doses mais baixas de sedativos e infundi-los mais lentamente.
A idade não altera os eventos adversos menores, como dor abdominal. Os eventos adversos importantes como perfuração, sangramento e complicações cardiopulmonares são todos afetados pela idade, embora o risco individual varie e seja influenciado por fatores adicionais (doenças associadas). De todos os eventos adversos associados à colonoscopia, o maior risco associado à idade é a perfuração intestinal. 
As complicações diretas da retirada de pólipos (perfuração e sangramento) são um pouco maiores nos idosos, quando comparado com a população geral. Deve-se sempre pesar o risco/benefício individual e expectativa de vida para se considerar a retirada de pólipos, uma vez que menos de 10% dos pólipos com menos de 10 mm se transformam em câncer em 10 a 15 anos. 

​Quais são as complicações da colonoscopia?
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A colonoscopia é um exame seguro, no entanto, como todo ato médico, não é isenta de riscos. Existem as complicações relacionadas ao preparo do intestino, a sedação e analgesia e as causadas pelo exame.
O uso de laxantes durante o preparo intestinal pode ocasionar tonturas, náuseas, vômitos e cólicas intestinais, seguidos ou não por desidratação e desequilíbrio hidroeletrolítico (alteração na concentração corporal de água, sódio, potássio e magnésio).
A distensão abdominal é infrequente e ocorre geralmente em pacientes com tumores avançados do intestino grosso obstruindo parcialmente.

O preparo intestinal é realizado de maneira a prevenir ou minimizar esses efeitos colaterais pela reposição hidroeletrolítica vigorosa (água, sucos, bebidas isotônicas, água de coco, etc.), e uso profilático de antieméticos.

As medicações empregadas na sedação e analgesia podem provocar reações locais (flebite - dor, vermelhidão e endurecimento da veia - no local da punção venosa) e sistêmicas de natureza cardiorrespiratória, incluindo depressão respiratória com diminuição na oxigenação sanguínea e alterações no ritmo cardíaco (bradicardia e taquicardia) e na pressão arterial sistêmica (hipotensão e hipertensão).
Esses efeitos colaterais são constantemente monitorizados durante o exame com o uso de monitor de oxigenação sanguínea e de controle da frequência cardíaca, estando a equipe habilitada para o tratamento imediato de qualquer uma dessas complicações. As complicações relacionadas a colonoscopia diagnóstica são raras, ocorrendo em 0,1% a 0,5% dos exames.
As mais frequentes são a perfuração (0,5%) e o sangramento (0,05%). Perfuração ocorre mais frequentemente em pacientes idosos com doença diverticular deformante do cólon. Hemorragia é excepcional e ocorre geralmente em pacientes com distúrbios de coagulação submetidos à biópsia colônica.
Essas complicações são mais frequentes nos procedimentos terapêuticos, incluindo polipectomia (retirada de pólipos), mucosectomia (retirada de lesões planas ou deprimidas), hemostasia (tratamento de lesões sangrantes), dilatação de estenose (estreitamento) colônica e descompressão colônica.
As complicações após a polipectomia/mucosectomia são as mais frequentes, ocorrendo sangramento e perfuração na base do pólipo retirado em, respectivamente, 1 a 2,5% e 0,3% a 2% dos casos. Essas complicações ocorrem geralmente em pacientes com pólipos de grandes dimensões (maiores que 2 cm) e podem ocorrer no momento ou dias após a realização do exame. O sangramento pode ser tratado por hemostasia endoscópica e a perfuração habitualmente requer tratamento cirúrgico.
Imagem

Quando parar de fazer a colonoscopia de prevenção?
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A interrupção deve ser considerada quando a expectativa de vida estimada for ≤ 10 anos.
Embora a colonoscopia de prevenção reduza em 50% a incidência do câncer colorretal em idosos (≥ 75 anos), em determinado momento ela deixa de aumentar significativamente a expectativa de vida e, portanto, não deve ser oferecida. Existem evidências e consensos claros sobre uma idade em que alguns pacientes não obtêm benefício com a colonoscopia de prevenção: homens ≥85 anos e mulheres ≥ 90 anos.
A colonoscopia de prevenção é potencialmente benéfica em homens ≤85 anos e mulheres ≤ 90 anos, sempre considerando as comorbidades e expectativa de vida, caso não tenha registro de uma colonoscopia sem pólipos nos últimos 10 anos.
Pacientes mais jovens têm uma diminuição maior na expectativa de vida do que pacientes idosos após um diagnóstico de câncer colorretal. Ao mesmo tempo, há uma redução de 75% no benefício da triagem para pacientes idosos em comparação com pacientes mais jovens.
Estudos mostraram que o benefício da triagem, após uma colonoscopia sem pólipos inicial, é reduzido em pacientes idosos, pois esse grupo tem maior chance de morrer de outras doenças além do câncer colorretal.
Em resumo: a saúde, expectativa de vida, condição funcional e idade são considerados quando se pensa em interromper o rastreamento do câncer colorretal. Recomenda-se uma abordagem individualizada reservando a colonoscopia a pacientes idosos (≥ 75 anos) saudáveis, quando a expectativa de vida for de 10 anos ou mais.

Quais são as recomendações para casos e situações especiais?​
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Quando repetir a colonoscopia no preparo de cólon inadequado?
O preparo inadequado está associado a perdas de lesões nas colonoscopias.
É recomendado repetir a colonoscopia entre 6 meses a um ano. Pesquisar o provável motivo do preparo inadequado como: transgressão na dieta e/ou intolerância aos laxantes com vômitos. Caso o paciente tenha feito o preparo corretamente, a nova colonoscopia requer um preparo mais rigoroso, como o usado para o constipado grave. Veja abaixo.
PSOF (pesquisa de sangue oculto nas fezes) positiva antes de completar o intervalo recomendado
É muito comum em nosso meio. O paciente está em seguimento pós-polipectomia, mas outro médico pede como parte de algum check-up a PSOF. Se a primeira colonoscopia foi ideal este resultado é desconsiderado. Não existem dados que suporte a antecipação da colonoscopia visando o diagnóstico de câncer ou adenoma avançado devido as altas taxas de falso positivo da PSOF.
A colonoscopia só deve ser antecipada se o primeiro exame foi incompleto, teve o preparo de cólon inadequado, existir história familiar de câncer colorretal e pela insegurança de paciente e do médico, principalmente quanto ao local onde a primeira colonoscopia foi realizada. Os pacientes e familiares devem ser alertados a não realizar a PSOF entre as colonoscopias.
Sintomas entre o intervalo de vigilância (sangramento anal, dor abdominal, diarreia e constipação)
Novas doenças podem surgir no intervalo de seguimento. Estes sintomas criam um dilema clínico, mas quando a primeira colonoscopia foi ideal o diagnóstico de câncer ou adenoma avançado da colonoscopia antecipada será provavelmente baixa. A maioria dos médicos opta pela antecipação da colonoscopia devido a possibilidade de novas doenças surgirem.
Outros fatores de risco (uso de AINE ou aspirina, raça, idade e sexo). Não existe evidência científica que justifique alterar os intervalos recomendados.

​Quais são as orientações a seguir após a colonoscopia?
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  1. Após a colonoscopia o paciente é deixado na mesa de exame até a saturação de O2 no ar ambiente for mantida acima de 92%.
  2. O paciente é transferido para a sala de recuperação.
  3. Na sala de recuperação é monitorado com a oximetria de pulso.
  4. Checa-se a ESCALA DE ALDRETE-KROULIK a cada 15 minutos.
  5. Quando a saturação de O2 cair, no ar ambiente, abaixo de 92% a oxigenoterapia é reiniciada a 2 l/min.
  6. Alta do SED quando alcança 10 na ESCALA DE ALDRETE-KROULIK: movimenta os 4 membros; respira profundamente e tosse; PA normal ou 20% ≤ PA pré-exame; totalmente desperto e oximetria ≥ 92% no ar ambiente. Geralmente 30 a 45 minutos após o exame. Sempre com a autorização do médico. Sempre acompanhado.
  7. O paciente e o acompanhante são orientados como descrito nos itens 8, 9 e 10 e presentes na capa de laudo de exames.
  8. Biópsia: coleta de material para análise pelo médico patologista.
A. Caso o material coletado em frasco com formol tenha ficado na Clínica EndoColono, um segundo laudo estará a sua disposição em aproximadamente 10 dias. Para saber se o resultado está disponível, favor telefonar para a Clínica.
B. Caso o material coletado em frasco com formol esteja em seu poder, você o entregará ao laboratório de anatomia patológica de sua escolha, tendo o cuidado de verificar quando o resultado estará disponível. Os frascos poderão ser guardados por tempo indeterminado.
O resultado do exame histopatológico das biópsias deve ser anexado ao laudo do exame endoscópico, e ambos devem ser entregues ao seu médico.

        9. Biópsia: coleta de material para análise pelo médico patologista.A. Caso o material coletado em frasco com formol tenha ficado na Clínica EndoColono, um segundo laudo estará a sua disposição em aproximadamente 10 dias. Para saber se o resultado está disponível, favor telefonar para a Clínica.
B. Caso o material coletado em frasco com formol esteja em seu poder, você o entregará ao laboratório de anatomia patológica de sua escolha, tendo o cuidado de verificar quando o resultado estará disponível. Os frascos poderão ser guardados por tempo indeterminado.
O resultado do exame histopatológico das biópsias deve ser anexado ao laudo do exame endoscópico, e ambos devem ser entregues ao seu médico.

       10. Orientações após a colonoscopia.A. O Sr.(a) foi submetido(a) a colonoscopia sob analgesia venosa sem contratempos.
B. Poderá alimentar após a alta da clínica, mas dê preferência a alimentos de fácil digestão.
C. Procure ficar em repouso até o dia seguinte ao exame, evitando esforços e atividades perigosas ou que exijam concentração. Exemplo: costurar em máquinas e cortar com serras ou facas.
D. Não dirigir até o dia seguinte ao exame. Não quebre esta regra em hipótese nenhuma.
E. Não tome nenhuma decisão importante até o dia seguinte ao exame.
F. Não use bebidas alcoólicas até o dia seguinte ao exame.
G. Mulheres amamentando devem solicitar orientação apropriada e específica.


O que posso sentir após a colonoscopia?
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  1. Sonolência: em função dos efeitos da medicação para a realização da colonoscopia. Apenas descanse.
  2. Cólica abdominal: devido à injeção de ar durante o exame e melhoram à medida que forem eliminados. Pode tomar 60 gotas de Simeticona e repetir a cada 6 horas e se necessário tome também um comprimido de Butilbrometo de Escopolamina + Dipirona Sódica e pode repetir a cada 6 horas (proibido para alérgicos a dipirona).
  3. Náuseas e vômitos: poderão o ocorrer em função dos efeitos da medicação para a realização da colonoscopia. Fique em repouso por mais tempo. Pode tomar um comprimido de metoclopramida ou Dimenidrinato 50 mg + cloridrato de piridoxina 10 mg.
  4. Queimação temporária na veia onde foi injetada a medicação (flebite química)
  5. Dor abdominal forte ou sangramento intestinal não são comuns e deverão ser notificados.
Siga todas as outras orientações que por ventura sejam entregues após alguns exames terapêuticos.

​Qual é o preparo necessário para fazer a colonoscopia?
Durante o procedimento endoscópico, o cólon precisa estar completamente limpo, isto é, sem fezes e resíduos alimentares. Partículas de fezes ou de alimentos interferem na visualização adequada e na segurança do exame. Você receberá, junto com o preparo, o termo de consentimento para a realização da colonoscopia com todas as orientações em relação a realização do exame diagnóstico e dos procedimentos terapêuticos que poderão acontecer durante o procedimento.

Para a escolha do preparo intestinal da colonoscopia responda as seguintes perguntas:
1.            Já fez a colonoscopia antes com preparo ruim?
2.            Com que frequência vai ao banheiro evacuar? Demora mais de 4 dias?
3.            Faz uso de antidepressivo?
4.            Quem vai fazer a colonoscopia é diabético ou possui alguma limitação física como sequela de AVC, demência, doença de Parkinson ou uso de cadeira de rodas ou muleta/bengala?
NÃO para todas as perguntas!
Faça o preparo padrão para a colonoscopia!
BAIXE O PREPARO
SIM para uma das perguntas!
Faça o preparo reforçado para a colonoscopia!
BAIXE O PREPARO
Veja o horário de sua colonoscopia e baixo o preparo
7:15 / 7:45 / 8:00 / 8:15 / 8:30 / 8:45 / 9:00 / 9:15 / 9:30 / 9:45 / 10:00 / 10:15 / 10:30 / 10:45 / 11:00 / 11:15 / 11:45
12:30 / 13:00 / 13:30 / 14:00 / 14:30 / 15:00 / 15:30 / 16:00 / 16:30 ​

Pacientes com Colostomia
1- Preparo para pacientes com COLOSTOMIA sem o coto retal: fazer o preparo igual aos pacientes SEM colostomia.
2- Preparo para pacientes com COLOSTOMIA com o coto retal: fazer o preparo igual aos demais pacientes, mas realizar também a lavagem do coto retal com o Fleet enema ou Phosfoenema---130ml---2 unidades.
BAIXE A RECEITA DO PHOSFOENEMA

Termo de Consentimento
É obrigatório ler e entender o consentimento informado. Será cobrado imediatamente antes do exame.
BAIXE AQUI

Isenção de responsabilidade
As informações contidas neste artigo são apenas para fins educacionais e não devem ser usadas para diagnóstico ou para orientar o tratamento sem o parecer de um profissional de saúde. Qualquer leitor que está preocupado com sua saúde deve entrar em contato com um médico para aconselhamento.
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