Gases intestinais: arroto ou eructação, inchaço e distensão abdominal e flatulência
Uma variedade de queixas gastrointestinais, como eructação, flatulência, inchaço e dor abdominal, são comumente atribuídas pelo paciente ao "excesso de gases", embora essa percepção geralmente seja incorreta. Quando ocorre excesso de gás intestinal, pode ser devido à deglutição excessiva de ar, aumento da produção intraluminal de nutrientes mal absorvidos, diminuição da absorção de gás devido à obstrução ou eliminação disfuncional de gás ou expansão de gás intraluminal devido a mudanças na pressão atmosférica.
Volume e composição dos gases intestinais
Fontes de gases intestinais
Causas do aumento de gases intestinais
Diagnóstico diferencial de excesso de gases intestinais
Arroto ou eructação
Etiologia e patogênese do arroto ou eructação
Abordagem diagnóstica do arroto ou eructação
Tratamento do arroto ou eructação
Inchaço e distensão abdominal
Etiologia e patogênese do inchaço e distensão abdominal
Avaliação diagnóstica do inchaço e distensão abdominal
Sinais e sintomas de alarme do inchaço e distensão abdominal
Critérios diagnósticos para inchaço e distensão funcional
Tratamento do inchaço e distensão abdominal funcional
Flatulência
Etiologia e patogênese da flatulência
Avaliação diagnóstica da flatulência
Sinais e sintomas de alarme na flatulência
Tratamento da flatulência
Algoritmo - Diagnóstico Diferencial dos Gases Intestinais
Resumo e recomendações: arroto ou eructação, inchaço abdominal e flatulência
Fontes de gases intestinais
Causas do aumento de gases intestinais
Diagnóstico diferencial de excesso de gases intestinais
Arroto ou eructação
Etiologia e patogênese do arroto ou eructação
Abordagem diagnóstica do arroto ou eructação
Tratamento do arroto ou eructação
Inchaço e distensão abdominal
Etiologia e patogênese do inchaço e distensão abdominal
Avaliação diagnóstica do inchaço e distensão abdominal
Sinais e sintomas de alarme do inchaço e distensão abdominal
Critérios diagnósticos para inchaço e distensão funcional
Tratamento do inchaço e distensão abdominal funcional
Flatulência
Etiologia e patogênese da flatulência
Avaliação diagnóstica da flatulência
Sinais e sintomas de alarme na flatulência
Tratamento da flatulência
Algoritmo - Diagnóstico Diferencial dos Gases Intestinais
Resumo e recomendações: arroto ou eructação, inchaço abdominal e flatulência
O volume de gás no trato intestinal é de aproximadamente 200 mL em ambos os estados de jejum e pós-prandial, tanto em indivíduos normais quanto em indivíduos que se queixam de distensão gasosa. Nitrogênio (N2), oxigênio (O2), dióxido de carbono (CO2), hidrogênio (H2) e metano (CH4) são responsáveis por mais de 99% dos gases intestinais expelidos. A composição do gás dentro do trato intestinal é predominantemente N2. O oxigênio está presente em concentrações muito baixas, e as concentrações de CO2, H2 e CH4 variam entre os indivíduos.
A composição do gás também varia dentro das seções do trato gastrointestinal. Por exemplo, o gás no estômago contém altas concentrações de N2 e O2 semelhantes à atmosfera, enquanto o gás no reto contém menos O2 e mais CH4. Nenhum dos gases principais tem odor. Constituintes menores de flatulência, aos quais o odor pode ser atribuível, incluem compostos contendo enxofre bem como ácidos graxos de cadeia curta, aminas voláteis e amônia.
Deglutição de ar
A deglutição de ar (aerofagia) é a principal fonte de gás no estômago. Vários mililitros de ar são ingeridos em cada deglutição normal. Quantidades maiores são engolidas quando o alimento é engolido. A aerofagia pode ser uma manifestação de ansiedade e aumenta com o hábito de mascar chiclete e fumar. A maior parte do ar engolido parece ser eructado (arroto).
O ar engolido é a principal fonte de O2 e N2 nos gases intestinais. A postura pode influenciar a quantidade de ar engolido que passa do estômago para o intestino delgado. A posição supina (deitado de barriga para cima) faz com que o ar gástrico passe preferencialmente para o intestino delgado, pois o ar gástrico está localizado acima do conteúdo gástrico líquido que cobre a junção gastroesofágica.
Produção intraluminal
Três dos cinco gases principais, CO2, H2 e CH4, são produzidos na luz intestinal.
●CO2 – CO2 é derivado da digestão de gordura e proteína no trato gastrointestinal superior e da fermentação bacteriana no cólon. Grande parte do CO2 produzido no intestino delgado superior é absorvido antes de atingir o cólon e o CO2 presente no cólon se deve a fermentação bacteriana.
●H2 – A produção de H2 ocorre predominantemente no cólon pela fermentação bacteriana de carboidratos e proteínas ingeridos e consumido pelas próprias bactérias e absorvido pela corrente sanguínea sendo excretado pela respiração ou eliminados pelo ânus. Mesmo em indivíduos saudáveis, alimentos com altas concentrações de oligossacarídeos (leguminosas) ou amidos resistentes (farinhas de trigo, aveia, batata e milho), não podem ser completamente digeridos por enzimas no intestino delgado normal, levando ao aumento da produção de H2 no cólon. A má absorção de carboidratos no intestino delgado leva ao aumento da entrega de carboidratos ao cólon e à produção aumentada de gás H2.
●Metano – O metano, como o H2, é um produto exclusivo do metabolismo bacteriano. O CH4 pode ser absorvido na circulação portal e excretado no ar expirado ou excretado pelo ânus. A produção de CH4 é determinada pela concentração de bactérias produtoras no cólon, podendo estar relacionada a fatores genéticos ou ambientais.
Difusão para o sangue
A pressão parcial dos gases intestinais determina a direção da difusão do gás entre a luz intestinal e a corrente sanguínea. O H2 e CH4 difundem-se facilmente do intestino para o sangue. O oxigênio do estômago é absorvido pelo sangue, mas o colônico tende a se difundir do sangue para a luz. O CO2 tende a se difundir para a luz do estômago, mas ao atingir o intestino a direção de difusão se inverte. O N2 do estômago é absorvido pelo sangue, mas ao atingir o intestino a direção de difusão se inverte.
A deglutição de ar (aerofagia) é a principal fonte de gás no estômago. Vários mililitros de ar são ingeridos em cada deglutição normal. Quantidades maiores são engolidas quando o alimento é engolido. A aerofagia pode ser uma manifestação de ansiedade e aumenta com o hábito de mascar chiclete e fumar. A maior parte do ar engolido parece ser eructado (arroto).
O ar engolido é a principal fonte de O2 e N2 nos gases intestinais. A postura pode influenciar a quantidade de ar engolido que passa do estômago para o intestino delgado. A posição supina (deitado de barriga para cima) faz com que o ar gástrico passe preferencialmente para o intestino delgado, pois o ar gástrico está localizado acima do conteúdo gástrico líquido que cobre a junção gastroesofágica.
Produção intraluminal
Três dos cinco gases principais, CO2, H2 e CH4, são produzidos na luz intestinal.
●CO2 – CO2 é derivado da digestão de gordura e proteína no trato gastrointestinal superior e da fermentação bacteriana no cólon. Grande parte do CO2 produzido no intestino delgado superior é absorvido antes de atingir o cólon e o CO2 presente no cólon se deve a fermentação bacteriana.
●H2 – A produção de H2 ocorre predominantemente no cólon pela fermentação bacteriana de carboidratos e proteínas ingeridos e consumido pelas próprias bactérias e absorvido pela corrente sanguínea sendo excretado pela respiração ou eliminados pelo ânus. Mesmo em indivíduos saudáveis, alimentos com altas concentrações de oligossacarídeos (leguminosas) ou amidos resistentes (farinhas de trigo, aveia, batata e milho), não podem ser completamente digeridos por enzimas no intestino delgado normal, levando ao aumento da produção de H2 no cólon. A má absorção de carboidratos no intestino delgado leva ao aumento da entrega de carboidratos ao cólon e à produção aumentada de gás H2.
●Metano – O metano, como o H2, é um produto exclusivo do metabolismo bacteriano. O CH4 pode ser absorvido na circulação portal e excretado no ar expirado ou excretado pelo ânus. A produção de CH4 é determinada pela concentração de bactérias produtoras no cólon, podendo estar relacionada a fatores genéticos ou ambientais.
Difusão para o sangue
A pressão parcial dos gases intestinais determina a direção da difusão do gás entre a luz intestinal e a corrente sanguínea. O H2 e CH4 difundem-se facilmente do intestino para o sangue. O oxigênio do estômago é absorvido pelo sangue, mas o colônico tende a se difundir do sangue para a luz. O CO2 tende a se difundir para a luz do estômago, mas ao atingir o intestino a direção de difusão se inverte. O N2 do estômago é absorvido pelo sangue, mas ao atingir o intestino a direção de difusão se inverte.
O excesso de gases intestinais pode ser devido à deglutição excessiva de ar, aumento da produção de gases na luz intestinal pelo metabolismo de nutrientes mal absorvidos, diminuição da absorção de gases devido à obstrução ou expansão do gás intraluminal devido a mudanças na pressão atmosférica.
Obstrução intestinal
Aderências
Malignidade
Distúrbio de motilidade
Diabetes
Esclerodermia
Pseudo-obstrução
Medicamentos
Síndrome do intestino irritável
Má absorção
Intolerância a lactose
Intolerância à frutose
Doença celíaca
Insuficiência pancreática
Infeccioso
Supercrescimento bacteriano do intestino delgado
Giardíase
Psicológico
Ansiedade (aerofagia)
Dietético
Alimentos produtores de gases
FODMAPs
Mudanças na pressão atmosférica
Aderências
Malignidade
Distúrbio de motilidade
Diabetes
Esclerodermia
Pseudo-obstrução
Medicamentos
Síndrome do intestino irritável
Má absorção
Intolerância a lactose
Intolerância à frutose
Doença celíaca
Insuficiência pancreática
Infeccioso
Supercrescimento bacteriano do intestino delgado
Giardíase
Psicológico
Ansiedade (aerofagia)
Dietético
Alimentos produtores de gases
FODMAPs
Mudanças na pressão atmosférica
Arroto ou eructação é definido como um escape audível de ar do esôfago ou do estômago para a faringe. Pode ser voluntária ou involuntária. O arroto involuntário geralmente ocorre após uma refeição e é causado pela liberação do ar deglutido após a distensão gástrica. O arroto só é considerado um distúrbio quando é excessivo e se torna incômodo.
Dependendo da origem do gás, o arroto é classificado em dois tipos:
●Arroto supragástrico – O ar arrotado é expelido pelo esôfago. Os pacientes engolem o ar e depois o liberam do esôfago antes de atingir o estômago. O arroto repetitivo resulta da aspiração inadvertida e compulsiva de ar para a hipofaringe e esôfago, sendo a maior parte expelida imediatamente antes de atingir o estômago. O arroto repetitivo é frequentemente desencadeado por estresse emocional. Os episódios de arrotos repetitivos geralmente ocorrem após as refeições.
●Arroto gástrico – É caracterizado pelo escape de ar intragástrico deglutido. O arroto gástrico pode ser facilitado por alimentos que relaxam o esfíncter esofágico inferior, como chocolate, gorduras e balas. Arrotos gástricos ocorrem de 25 a 30 vezes por dia e geralmente são fisiológicos e involuntários.
Se o ar engolido entrar no estômago, o desconforto pode aumentar. A eructação produz alívio parcial e reforça a falsa impressão do paciente, desenvolvendo-se um ciclo vicioso. Portanto, a eructação crônica é quase sempre um distúrbio comportamental, e a avaliação radiológica e endoscópica deve ser reservada para pacientes que apresentam sintomas ou sinais associados sugestivos de patologia torácica ou abdominal. Não se sabe por que e como esses pacientes aprendem essa manobra e adquirem o hábito. Em alguns pacientes com aerofagia, o ar deglutido pode passar para o intestino, e eles podem se queixar de sensação de inchaço em vez de eructação excessiva.
Indivíduos com distúrbio de eructação geralmente apresentam deglutição habitual de ar (aerofagia). Nesses pacientes, o arroto frequentemente se torna habitual e pode ser considerado incorretamente como indicativo de uma doença gastrointestinal subjacente.
Em pacientes com sintomas isolados de arrotos excessivos, fatores psicológicos e comportamentais desempenham um papel importante. Os arrotos geralmente aumentam quando os pacientes estão cientes de que estão sendo observados e estão quase ausentes durante o sono. Os pacientes que apresentam eructação excessiva como sintoma principal geralmente apresentam aumento da frequência de eructações supragástricas.
O arroto também está associado à doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e à dispepsia funcional. No entanto, em pacientes com DRGE e dispepsia funcional, o arroto não é o sintoma predominante. Eructação supragástrica pode causar refluxo ácido em alguns casos e em outros pode ser uma resposta a uma sensação esofágica desagradável induzida por um episódio de refluxo.
●Arroto supragástrico – O ar arrotado é expelido pelo esôfago. Os pacientes engolem o ar e depois o liberam do esôfago antes de atingir o estômago. O arroto repetitivo resulta da aspiração inadvertida e compulsiva de ar para a hipofaringe e esôfago, sendo a maior parte expelida imediatamente antes de atingir o estômago. O arroto repetitivo é frequentemente desencadeado por estresse emocional. Os episódios de arrotos repetitivos geralmente ocorrem após as refeições.
●Arroto gástrico – É caracterizado pelo escape de ar intragástrico deglutido. O arroto gástrico pode ser facilitado por alimentos que relaxam o esfíncter esofágico inferior, como chocolate, gorduras e balas. Arrotos gástricos ocorrem de 25 a 30 vezes por dia e geralmente são fisiológicos e involuntários.
Se o ar engolido entrar no estômago, o desconforto pode aumentar. A eructação produz alívio parcial e reforça a falsa impressão do paciente, desenvolvendo-se um ciclo vicioso. Portanto, a eructação crônica é quase sempre um distúrbio comportamental, e a avaliação radiológica e endoscópica deve ser reservada para pacientes que apresentam sintomas ou sinais associados sugestivos de patologia torácica ou abdominal. Não se sabe por que e como esses pacientes aprendem essa manobra e adquirem o hábito. Em alguns pacientes com aerofagia, o ar deglutido pode passar para o intestino, e eles podem se queixar de sensação de inchaço em vez de eructação excessiva.
Indivíduos com distúrbio de eructação geralmente apresentam deglutição habitual de ar (aerofagia). Nesses pacientes, o arroto frequentemente se torna habitual e pode ser considerado incorretamente como indicativo de uma doença gastrointestinal subjacente.
Em pacientes com sintomas isolados de arrotos excessivos, fatores psicológicos e comportamentais desempenham um papel importante. Os arrotos geralmente aumentam quando os pacientes estão cientes de que estão sendo observados e estão quase ausentes durante o sono. Os pacientes que apresentam eructação excessiva como sintoma principal geralmente apresentam aumento da frequência de eructações supragástricas.
O arroto também está associado à doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) e à dispepsia funcional. No entanto, em pacientes com DRGE e dispepsia funcional, o arroto não é o sintoma predominante. Eructação supragástrica pode causar refluxo ácido em alguns casos e em outros pode ser uma resposta a uma sensação esofágica desagradável induzida por um episódio de refluxo.
Avaliação -- O distúrbio de eructação é uma síndrome funcional e o diagnóstico é baseado na história clínica. Os pacientes que se queixam de arrotos excessivos isolados têm maior probabilidade de sofrer de arrotos supragástricos excessivos e descontrolados e de episódios de arrotos frequentes nos quais podem arrotar até 20 vezes por minuto.
A presença de características de alarme, incluindo perda de peso, dor abdominal, disfagia, azia e regurgitação, é uma indicação para avaliação diagnóstica adicional com endoscopia digestiva alta e/ou imagem (por exemplo, tomografia computadorizada (TC) abdominal).
Critérios diagnósticos para arrotos funcionais – De acordo com os critérios de Roma IV, o distúrbio do arroto é definido como arrotos do esôfago ou estômago incomodativos (ou seja, grave o suficiente para afetar as atividades habituais) mais de três dias por semana. Esses critérios devem ser preenchidos nos últimos três meses com início dos sintomas pelo menos seis meses antes do diagnóstico.
A presença de características de alarme, incluindo perda de peso, dor abdominal, disfagia, azia e regurgitação, é uma indicação para avaliação diagnóstica adicional com endoscopia digestiva alta e/ou imagem (por exemplo, tomografia computadorizada (TC) abdominal).
Critérios diagnósticos para arrotos funcionais – De acordo com os critérios de Roma IV, o distúrbio do arroto é definido como arrotos do esôfago ou estômago incomodativos (ou seja, grave o suficiente para afetar as atividades habituais) mais de três dias por semana. Esses critérios devem ser preenchidos nos últimos três meses com início dos sintomas pelo menos seis meses antes do diagnóstico.
Garantir de que o arroto é normal e que o problema é a ingestão de ar em vez da produção de gás no trato gastrointestinal. A angústia é diminuída pela compreensão da natureza benigna da eructação crônica.
O tratamento baseia-se em medidas para diminuir a deglutição de ar como: abster-se de arrotar; segurar um lápis entre os dentes durante episódios de arrotos repetitivos pode ajudar a perceber a deglutição e interromper o ciclo; parar de mascar chiclete, fumar, ingerir bebidas carbonatadas ou gaseificadas (água mineral gaseificada, cerveja, espumante e refrigerante) e engolir juntos alimentos e líquidos.
Em pacientes com depressão ou ansiedade subjacente, o tratamento deve ser iniciado. Pacientes com refluxo ácido coexistente podem necessitar de terapia supressiva de ácido para o tratamento da DRGE.
Treinamento especial em técnicas de respiração diafragmática está associada a uma redução dos sintomas. A respiração diafragmática reduz a pressão intragástrica pós-prandial e aumenta a pressão na zona de junção esofagogástrica.
O tratamento baseia-se em medidas para diminuir a deglutição de ar como: abster-se de arrotar; segurar um lápis entre os dentes durante episódios de arrotos repetitivos pode ajudar a perceber a deglutição e interromper o ciclo; parar de mascar chiclete, fumar, ingerir bebidas carbonatadas ou gaseificadas (água mineral gaseificada, cerveja, espumante e refrigerante) e engolir juntos alimentos e líquidos.
Em pacientes com depressão ou ansiedade subjacente, o tratamento deve ser iniciado. Pacientes com refluxo ácido coexistente podem necessitar de terapia supressiva de ácido para o tratamento da DRGE.
Treinamento especial em técnicas de respiração diafragmática está associada a uma redução dos sintomas. A respiração diafragmática reduz a pressão intragástrica pós-prandial e aumenta a pressão na zona de junção esofagogástrica.
Respiração Diafragmática
Os pacientes são instruídos a colocar uma mão no abdômen e outra no peito. Eles são instruídos a inspirar lentamente pelo nariz e, durante a inspiração, apenas a mão no abdômen deve subir e a mão no peito deve mover-se minimamente. Os pacientes então expiram lentamente pela boca.
Inibidores de refluxo para sintomas refratários
Baclofeno (10 mg três vezes ao dia), reduz os relaxamentos transitórios do esfíncter esofágico inferior e suprimi centralmente a taxa de deglutição, pode diminuir o arroto supragástrico e gástrico. No entanto, dados os efeitos colaterais do baclofeno, reserva-se seu uso para pacientes nos quais outras abordagens não tiveram sucesso.
Baclofeno (10 mg três vezes ao dia), reduz os relaxamentos transitórios do esfíncter esofágico inferior e suprimi centralmente a taxa de deglutição, pode diminuir o arroto supragástrico e gástrico. No entanto, dados os efeitos colaterais do baclofeno, reserva-se seu uso para pacientes nos quais outras abordagens não tiveram sucesso.
O inchaço abdominal refere-se a uma sensação de plenitude, aumento da pressão abdominal ou sensação de gás aprisionado, enquanto a distensão é um aumento mensurável na circunferência abdominal. Inchaço e distensão abdominal são relatados em 20 a 30 por cento da população em geral e em até 96 por cento dos pacientes com síndrome do intestino irritável (SII).
Inchaço e distensão abdominal devido a gases intestinais podem ser decorrentes de uma etiologia orgânica que resulta em gases intestinais excessivos (por exemplo, supercrescimento bacteriano no intestino delgado, doença celíaca e intolerância à lactose) ou um distúrbio gastrointestinal funcional. Distúrbios gastrointestinais funcionais associados a inchaço e distensão abdominal incluem SII ou constipação funcional, diarreia funcional ou inchaço/distensão abdominal funcional. O inchaço grave é mais comumente referido por pacientes com dispepsia funcional e constipação.
A patogênese da distensão abdominal não é totalmente compreendida e provavelmente é multifatorial. Os determinantes do inchaço abdominal incluem a quantidade e o tipo de gás intestinal presente, conteúdo osmótico e de água na luz, microbiota intestinal, motilidade e tempo de trânsito e alterações na sensibilidade visceral.
A sensação de inchaço abdominal é frequentemente atribuída pelos pacientes ao excesso de gases. No entanto, a relação entre a quantidade de gases intestinais e os sintomas não é direta. Pacientes com queixas crônicas de inchaço e distensão têm maior sensibilidade à distensão gasosa ou uma resposta motora exagerada a quantidades normais de gás. A microbiota intestinal também tem sido implicada na fisiopatologia do inchaço abdominal. Os mecanismos de disfunção intestinal podem envolver disbiose da microbiota intestinal.
A patogênese da distensão abdominal não é totalmente compreendida e provavelmente é multifatorial. Os determinantes do inchaço abdominal incluem a quantidade e o tipo de gás intestinal presente, conteúdo osmótico e de água na luz, microbiota intestinal, motilidade e tempo de trânsito e alterações na sensibilidade visceral.
A sensação de inchaço abdominal é frequentemente atribuída pelos pacientes ao excesso de gases. No entanto, a relação entre a quantidade de gases intestinais e os sintomas não é direta. Pacientes com queixas crônicas de inchaço e distensão têm maior sensibilidade à distensão gasosa ou uma resposta motora exagerada a quantidades normais de gás. A microbiota intestinal também tem sido implicada na fisiopatologia do inchaço abdominal. Os mecanismos de disfunção intestinal podem envolver disbiose da microbiota intestinal.
Inchaço e distensão abdominal podem ser causados por doença orgânica ou outros distúrbios gastrointestinais funcionais. O diagnóstico clínico de inchaço/distensão abdominal funcional requer o cumprimento de critérios diagnósticos baseados em sintomas e uma avaliação limitada para excluir doença orgânica subjacente. A distensão geralmente se desenvolve após as refeições ou no final do dia e desaparece após o repouso noturno.
●História e exame físico – A avaliação de um paciente com inchaço e/ou distensão abdominal deve começar com uma história e exame físico para determinar a causa subjacente e identificar pacientes com características de alarme (ver em flatulência). A história deve incluir o início dos sintomas, a relação com a dieta.
O inchaço funcional geralmente ocorre durante o dia. Pode seguir a ingestão de alimentos específicos e, às vezes, ser acompanhado por arrotos excessivos ou flatulência (mas estes podem não estar relacionados à sensação de inchaço). Os pacientes podem se queixar de piora dos sintomas ao longo do dia, principalmente após as refeições, mas alívio dos sintomas durante a noite.
Pacientes com distensão funcional podem ter dor abdominal leve relacionada à distensão, bem como pequenas anormalidades na evacuação, mas, ao contrário de outros distúrbios gastrointestinais funcionais (por exemplo, síndrome do intestino irritável, constipação funcional e dispepsia funcional), dor abdominal ou alterações na evacuação não são sintomas predominantes.
●Exames iniciais – A avaliação inicial em pacientes com sintomas de inchaço e/ou distensão abdominal inclui o hemograma completo para avaliar anemia, sorologias para doença celíaca, teste respiratório para supercrescimento bacteriano no intestino delgado, teste de intolerância à lactose se ocorrerem sintomas com ingestão significativa de lactose. Inchaço abdominal recente e persistente em mulheres deve-se solicitar exames de imagem pélvica (por exemplo, ultrassonografia) para descartar câncer de ovário.
●Avaliação adicional em pacientes selecionados – A avaliação adicional é reservada para pacientes com sinais ou sintomas de alarme ou testes iniciais anormais. A avaliação é baseada em sua apresentação clínica e características. Por exemplo, em pacientes com características de alarme, como anemia, diarreia ou perda de peso não intencional, realizamos avaliação endoscópica e imagem pancreática, pois os sintomas podem ser evidências de um processo de má absorção. A avaliação de pacientes com suspeita de má absorção é discutida em detalhes separadamente.
●História e exame físico – A avaliação de um paciente com inchaço e/ou distensão abdominal deve começar com uma história e exame físico para determinar a causa subjacente e identificar pacientes com características de alarme (ver em flatulência). A história deve incluir o início dos sintomas, a relação com a dieta.
O inchaço funcional geralmente ocorre durante o dia. Pode seguir a ingestão de alimentos específicos e, às vezes, ser acompanhado por arrotos excessivos ou flatulência (mas estes podem não estar relacionados à sensação de inchaço). Os pacientes podem se queixar de piora dos sintomas ao longo do dia, principalmente após as refeições, mas alívio dos sintomas durante a noite.
Pacientes com distensão funcional podem ter dor abdominal leve relacionada à distensão, bem como pequenas anormalidades na evacuação, mas, ao contrário de outros distúrbios gastrointestinais funcionais (por exemplo, síndrome do intestino irritável, constipação funcional e dispepsia funcional), dor abdominal ou alterações na evacuação não são sintomas predominantes.
●Exames iniciais – A avaliação inicial em pacientes com sintomas de inchaço e/ou distensão abdominal inclui o hemograma completo para avaliar anemia, sorologias para doença celíaca, teste respiratório para supercrescimento bacteriano no intestino delgado, teste de intolerância à lactose se ocorrerem sintomas com ingestão significativa de lactose. Inchaço abdominal recente e persistente em mulheres deve-se solicitar exames de imagem pélvica (por exemplo, ultrassonografia) para descartar câncer de ovário.
●Avaliação adicional em pacientes selecionados – A avaliação adicional é reservada para pacientes com sinais ou sintomas de alarme ou testes iniciais anormais. A avaliação é baseada em sua apresentação clínica e características. Por exemplo, em pacientes com características de alarme, como anemia, diarreia ou perda de peso não intencional, realizamos avaliação endoscópica e imagem pancreática, pois os sintomas podem ser evidências de um processo de má absorção. A avaliação de pacientes com suspeita de má absorção é discutida em detalhes separadamente.
●Dor abdominal noturna
●Perda de peso
●Hematoquezia
●Febre
●Diarreia ou esteatorreia
●Vômito
●Sensibilidade abdominal intensa, massas e aumento de órgãos no exame físico
●Perda de peso
●Hematoquezia
●Febre
●Diarreia ou esteatorreia
●Vômito
●Sensibilidade abdominal intensa, massas e aumento de órgãos no exame físico
Os critérios de Roma IV para estabelecer o diagnóstico de inchaço/distensão abdominal funcional incluem (por pelo menos três meses com início dos sintomas pelo menos seis meses antes do diagnóstico).
●Inchaço ou distensão recorrente, em média, pelo menos um dia por semana; inchaço e/ou distensão abdominal predomina sobre outros sintomas.
●Critérios insuficientes para diagnóstico de SII, constipação funcional, diarreia funcional ou síndrome do desconforto pós-prandial.
Dor leve relacionada ao inchaço pode estar presente, bem como pequenas anormalidades na evacuação.
●Inchaço ou distensão recorrente, em média, pelo menos um dia por semana; inchaço e/ou distensão abdominal predomina sobre outros sintomas.
●Critérios insuficientes para diagnóstico de SII, constipação funcional, diarreia funcional ou síndrome do desconforto pós-prandial.
Dor leve relacionada ao inchaço pode estar presente, bem como pequenas anormalidades na evacuação.
Abordagem clínica para inchaço/distensão abdominal.
História |
Momento e duração dos sintomas Presença de outros distúrbios gastrointestinais associados Avaliação dietética Relação dos sintomas com as refeições e defecação Tabagismo, álcool e outros hábitos, incluindo bebidas carbonatadas e goma de mascar Histórico de distúrbios psiquiátricos Histórico médico anterior, incluindo diabetes e hipotireoidismo Histórico de medicamentos História familiar de doença celíaca, doença inflamatória intestinal, malignidade Perda de peso ou outros sintomas constitucionais |
Exame físico |
Características de hiperventilação ou aerofagia Exame abdominal e retal • Confirmar e excluir distensão abdominal • Excluir organomegalia, obstrução intestinal e ascite • Avaliar defecação dissinérgica naqueles com constipação |
●Modificação da dieta e do estilo de vida – A abordagem para o tratamento do inchaço e distensão abdominal é semelhante à usada em pacientes com SII.
Medidas comportamentais para reduzir a ingestão de gases
Medidas comportamentais para reduzir a ingestão de gases
- Dieta saudável e equilibrada com um padrão regular de refeições (café da manhã, almoço e jantar com lanches conforme apropriado nos intervalos). Bom estilo de vida alimentar inclui separar um tempo para as refeições, sentar-se para comer, mastigar bem e não comer tarde da noite;
- Procure não falar muito durante as refeições para diminuir o volume de ar deglutido;
- Fique assentado ou em pé após as refeições, por alguns minutos, para facilitar a eructação (arroto);
- Exercícios leves como caminhadas é sempre saudável, pois estimula os movimentos intestinais.
- Evite o uso de roupas apertadas.
- Evite a salivação excessiva provocada pelos chicletes, doces, balas e cigarro;
Evite alimentos que produzam gases
Leite e produtos lácteos |
Leite, sorvete, queijo (pode ou não estar relacionado à lactose). |
Vegetais |
Brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas, cebola, alho-poró, nabo, aipo, rabanete, aspargo, repolho, couve-rábano, pepino, batata, nabo. |
Frutas |
Ameixas, damascos, maçãs, peras, pêssegos, passas, bananas. |
Grãos integrais |
Trigo e aveia, bagels, gérmen de trigo e cereais. |
Legumes |
Feijão, ervilha, feijão cozido, soja. |
Comidas gordurosas |
Alimentos fritos. |
Líquidos |
Bebidas carbonatadas (refrigerantes), cerveja, medicamentos carbonatados. |
Diversos |
Gomas de mascar e adoçantes artificiais (sorbitol e frutose). |
Prefira alimentos ricos em fibras e beba bastante líquido, pois isso facilita o trânsito intestinal. A constipação retarda o trânsito provocando maior produção de gases;
Preste atenção, no seu caso específico, aos alimentos que podem estar associados a gases. Algumas pessoas reagem mal à farinha (pães, massas etc.), batata doce, cebola, rabanete, aipo, berinjela e germe de trigo.
●Tratamento da causa subjacente – Em pacientes com supercrescimento bacteriano no intestino delgado, o tratamento com antibiótico é indicado. Em indivíduos com intolerância à lactose, o tratamento inclui a restrição de lactose e o uso de preparações enzimáticas orais com alimentos que contenham lactose. O tratamento da constipação reduz o volume e melhora o inchaço abdominal. Agentes anticolinérgicos, opioides e bloqueadores de cálcio devem ser evitados por causa de seus efeitos na motilidade intestinal.
(Consulte "Supercrescimento bacteriano do intestino delgado: Tratamento” e "Intolerância à lactose e má absorção: Manifestações clínicas, diagnóstico e manejo")
●Outras terapias – Outras terapias sem evidência clara de eficácia na diminuição do inchaço/distensão incluem agentes antiespumantes (por exemplo, simeticona), adsorventes (por exemplo, carvão ativado) e probióticos. Embora os probióticos tenham sido associados a uma melhora nos sintomas em pacientes com SII, a magnitude do benefício e as espécies e cepas mais eficazes são incertas.
Antibióticos, particularmente a rifaximina, têm demonstrado reduzir a produção de gás intestinal, mas a eficácia no tratamento dos sintomas de gases permanece controversa. Dados os problemas associados à antibioticoterapia crônica, bem como a falta de um benefício claro, parecem desaconselhável usar antibióticos para manipular a microbiota de pacientes flatulentos.
Preste atenção, no seu caso específico, aos alimentos que podem estar associados a gases. Algumas pessoas reagem mal à farinha (pães, massas etc.), batata doce, cebola, rabanete, aipo, berinjela e germe de trigo.
●Tratamento da causa subjacente – Em pacientes com supercrescimento bacteriano no intestino delgado, o tratamento com antibiótico é indicado. Em indivíduos com intolerância à lactose, o tratamento inclui a restrição de lactose e o uso de preparações enzimáticas orais com alimentos que contenham lactose. O tratamento da constipação reduz o volume e melhora o inchaço abdominal. Agentes anticolinérgicos, opioides e bloqueadores de cálcio devem ser evitados por causa de seus efeitos na motilidade intestinal.
(Consulte "Supercrescimento bacteriano do intestino delgado: Tratamento” e "Intolerância à lactose e má absorção: Manifestações clínicas, diagnóstico e manejo")
●Outras terapias – Outras terapias sem evidência clara de eficácia na diminuição do inchaço/distensão incluem agentes antiespumantes (por exemplo, simeticona), adsorventes (por exemplo, carvão ativado) e probióticos. Embora os probióticos tenham sido associados a uma melhora nos sintomas em pacientes com SII, a magnitude do benefício e as espécies e cepas mais eficazes são incertas.
Antibióticos, particularmente a rifaximina, têm demonstrado reduzir a produção de gás intestinal, mas a eficácia no tratamento dos sintomas de gases permanece controversa. Dados os problemas associados à antibioticoterapia crônica, bem como a falta de um benefício claro, parecem desaconselhável usar antibióticos para manipular a microbiota de pacientes flatulentos.
Flatulência é a eliminação de gases intestinais através do ânus. O gás intestinal que não é absorvido ou metabolizado é eliminado pelo ânus. O volume de gás eliminado pelo ânus varia de cerca de 500 a 1500 mL por dia e a frequência de liberação de flatos varia entre 10 e 20 vezes por dia em indivíduos saudáveis, portanto o volume e frequência da eliminação de gases pelo ânus depende da dieta e nas dietas altamente produtoras de gases o volume chega a 1500 ml/dia e a frequência é 2 a 3 vezes maior. A maioria dos indivíduos que relata flatulência excessiva se enquadra nessa faixa.
Quando os pacientes são questionados especificamente, fica claro que a flatulência está associada na maioria dos casos a outros sintomas gastrointestinais, particularmente distensão abdominal.
Quando os pacientes são questionados especificamente, fica claro que a flatulência está associada na maioria dos casos a outros sintomas gastrointestinais, particularmente distensão abdominal.
Embora a eliminação excessiva de flatos ou seu odor fétido possa ser uma fonte de embaraço para o paciente, raramente está associada a uma doença grave. O odor ofensivo, quando presente, pode ser devido a compostos contendo enxofre bem como ácidos graxos de cadeia curta e amônia.
Uma série de fatores podem explicar flatos incomodativos:
●Alteração da motilidade intestinal ou bactérias intestinais.
●Fatores dietéticos, como aumento da ingestão de lactose, frutose, sorbitol; amidos não digeríveis em frutas, vegetais e legumes; e bebidas carbonatadas. Produtos como carne de porco podem liberar concentrações residuais de gases malcheirosos durante a digestão.
●Fatores psicológicos podem causar uma sensibilidade aumentada a eliminação de flatus.
Uma série de fatores podem explicar flatos incomodativos:
●Alteração da motilidade intestinal ou bactérias intestinais.
●Fatores dietéticos, como aumento da ingestão de lactose, frutose, sorbitol; amidos não digeríveis em frutas, vegetais e legumes; e bebidas carbonatadas. Produtos como carne de porco podem liberar concentrações residuais de gases malcheirosos durante a digestão.
●Fatores psicológicos podem causar uma sensibilidade aumentada a eliminação de flatus.
A avaliação do paciente com queixa de flatulência deve ser guiada pela história e exame físico. Uma história alimentar deve ser obtida com foco em alimentos e bebidas que produzem gases.
●Dor abdominal noturna
●Perda de peso
●Hematoquezia
●Febre
●Diarreia ou esteatorreia
●Vômito
●Sensibilidade abdominal intensa, massas e aumento de órgãos no exame físico
●Perda de peso
●Hematoquezia
●Febre
●Diarreia ou esteatorreia
●Vômito
●Sensibilidade abdominal intensa, massas e aumento de órgãos no exame físico
A avaliação adicional para pacientes com flatulência depende da presença dos sinais e sintomas de alarme. Por exemplo, um novo início de flatulência associado a sintomas de alarme, como diarreia e dor abdominal, deve ser avaliado quanto à má absorção. Isso pode incluir exame de fezes para gordura e Giardia, testes respiratórios para intestino delgado e intolerância à lactose, sorologia celíaca e avaliação endoscópica. Na ausência de recursos de alarme, não realizamos nenhuma avaliação adicional.
Medidas que podem ser tomadas para reduzir a flatulência incluem:
●Tratamento da causa subjacente – Em indivíduos com intolerância à lactose, o tratamento inclui a restrição de lactose e o uso de preparações enzimáticas que são tomadas por via oral com alimentos que contêm lactose. Em pacientes com supercrescimento bacteriano no intestino delgado, o tratamento é feito com antibioticoterapia. Em pacientes com doença celíaca o tratamento é a dieta sem glúten.(Consulte "Supercrescimento bacteriano do intestino delgado: Tratamento” e "Intolerância à lactose e má absorção: Manifestações clínicas, diagnóstico e manejo")
●Modificação da dieta e do estilo de vida – A abordagem para o tratamento do inchaço e distensão abdominal é semelhante à usada em pacientes com SII.
Medidas comportamentais para reduzir a ingestão de gases
●Tratamento da causa subjacente – Em indivíduos com intolerância à lactose, o tratamento inclui a restrição de lactose e o uso de preparações enzimáticas que são tomadas por via oral com alimentos que contêm lactose. Em pacientes com supercrescimento bacteriano no intestino delgado, o tratamento é feito com antibioticoterapia. Em pacientes com doença celíaca o tratamento é a dieta sem glúten.(Consulte "Supercrescimento bacteriano do intestino delgado: Tratamento” e "Intolerância à lactose e má absorção: Manifestações clínicas, diagnóstico e manejo")
●Modificação da dieta e do estilo de vida – A abordagem para o tratamento do inchaço e distensão abdominal é semelhante à usada em pacientes com SII.
Medidas comportamentais para reduzir a ingestão de gases
- Reserve um tempo tranquilo para as refeições e regularize o horário, diminuindo o volume e aumentando a frequência. Mastigue bem os alimentos e alimente-se vagarosamente. Evite a ingestão de líquidos durante a alimentação;
- Procure não falar muito durante as refeições para diminuir o volume de ar deglutido;
- Fique assentado ou em pé após as refeições, por alguns minutos, para facilitar a eructação (arroto);
- Exercícios leves como caminhadas é sempre saudável, pois estimula os movimentos intestinais.
- Evite o uso de roupas apertadas.
Evite alimentos que produzam gases
Leite e produtos lácteos |
Leite, sorvete, queijo (pode ou não estar relacionado à lactose). |
Vegetais |
Brócolis, couve-flor, couve-de-bruxelas, cebola, alho-poró, nabo, aipo, rabanete, aspargo, repolho, couve-rábano, pepino, batata, nabo. |
Legumes |
Feijão, ervilha, feijão cozido, soja. |
Frutas |
Ameixas, damascos, maçãs, peras, pêssegos, passas, bananas. |
Grãos integrais |
Trigo e aveia, bagels, gérmen de trigo e cereais. |
Comidas gordurosas |
Alimentos fritos. |
Líquidos |
Bebidas carbonatadas (refrigerantes), cerveja, medicamentos carbonatados. |
Diversos |
Gomas de mascar e adoçantes artificiais (sorbitol e frutose). |
Prefira alimentos ricos em fibras e beba bastante líquido, pois isso facilita o trânsito intestinal. A constipação retarda o trânsito provocando maior produção de gases;
Preste atenção, no seu caso específico, aos alimentos que podem estar associados a gases. Algumas pessoas reagem mal à farinha (pães, massas etc.), batata doce, cebola, rabanete, aipo, berinjela e germe de trigo.
Preste atenção, no seu caso específico, aos alimentos que podem estar associados a gases. Algumas pessoas reagem mal à farinha (pães, massas etc.), batata doce, cebola, rabanete, aipo, berinjela e germe de trigo.
Recomendação dietética dieta baixa em FODMAPs
Em pacientes sem melhora significativa, apesar da exclusão de alimentos produtores de gás, alguns autores sugerem uma dieta baixa em FODMAPs (oligossacarídeos fermentáveis, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis). Mas essas dietas são complexas e complicadas de seguir e não parecem oferecer vantagens documentáveis sobre alternativas mais simples de baixo resíduo. Alguns dados indicam que a restrição de FODMAP tem efeitos deletérios na microbiota intestinal “boa” e alguns estudos demonstraram um efeito rebote após a descontinuação da dieta com baixo teor de FODMAP. Da mesma forma, há pouco suporte experimental disponível para recomendar uma dieta sem glúten na ausência de doença celíaca ou intolerância ao trigo.
A dieta baixa em FODMAP é um plano alimentar temporário muito restritivo. Low FODMAP é uma dieta de eliminação em três etapas:
A dieta baixa em FODMAP é um plano alimentar temporário muito restritivo. Low FODMAP é uma dieta de eliminação em três etapas:
- Primeiro, você para de comer certos alimentos ricos em FODMAP por apenas duas a seis semanas.
- Em seguida, você os reintroduz lentamente, a cada três dias, para ver quais são problemáticos.
- Depois de identificar os alimentos que causam sintomas, você pode evitá-los ou limitá-los enquanto desfruta de todo o resto sem preocupações.
Características e fontes de FODMAPs comuns
Sigla |
Palavra que corresponde à letra da sigla |
Compostos nesta categoria |
Alimentos que contêm esses compostos |
F - O |
Fermentável - Oligossacarídeos |
Frutanos, galacto-oligossacarídeos |
Trigo, cevada, centeio, cebola, alho-poró, parte branca da cebolinha, alho, cebolinha, alcachofra, beterraba, erva-doce, ervilha, chicória, pistache, castanha de caju, legumes, lentilha e grão-de-bico |
D |
Dissacarídeos |
Lactose |
Leite, creme, sorvete e iogurte |
M |
Monossacarídeos |
"Frutose livre" (frutose em excesso de glicose) |
Maçãs, peras, mangas, cerejas, melancia, aspargos, ervilhas, mel, xarope de milho rico em frutose |
A - P |
Polióis |
Sorbitol, manitol, maltitol e xilitol |
Maçãs, peras, damascos, cerejas, nectarinas, pêssegos, ameixas, melancias, cogumelos, couve-flor, gomas de mascar e confeitaria adoçadas artificialmente |
Em vez disso, baseie suas refeições em alimentos com baixo teor de FODMAP, como:
●Tratamentos controversos da flatulência - Medicamentos antiflatulência como a simeticona A que tem propriedades antiespumantes que eliminam as bolhas não reduz o volume do gás. O carvão não se liga ao H2 (ou qualquer outro gás intestinal quantitativamente importante e não reduz a excreção respiratória de H2. Alguns estudos demonstraram eficácia apenas da preparação líquida da enzima alfa-galactosidase.
O subsalicilato de bismuto em altas doses reduz o odor decorrente do sulfeto de hidrogênio, bem como de outros componentes pungentes de flatulência, no entanto, a administração a longo prazo está associada a potencial toxicidade.
Dispositivos externos para desodorizar a flatulência (por exemplo, roupas íntimas forradas com carvão) estão disponíveis comercialmente, mas sua eficácia não está bem estabelecida.
Antibióticos, particularmente a rifaximina, têm demonstrado reduzir a produção de gás intestinal, mas a diminuição da eliminação anal de gás não foi demonstrada. Dados os problemas associados à antibioticoterapia crônica, bem como a falta de um benefício claro, parecem desaconselhável usar antibióticos para manipular a microbiota de pacientes flatulentos.
Pré e probióticos podem influenciar a composição da microbiota colônica e, assim, reduzir a flatulência, mas a melhora não parece persistir após a suspensão do uso.
- Ovos e carne;
- Certos queijos, como brie, Camembert, cheddar e feta;
- Leite de amêndoa;
- Grãos como arroz, quinoa e aveia;
- Legumes como berinjela, batata, tomate, pepino e abobrinha;
- Frutas como uvas, laranjas, morangos, mirtilos e abacaxi.
●Tratamentos controversos da flatulência - Medicamentos antiflatulência como a simeticona A que tem propriedades antiespumantes que eliminam as bolhas não reduz o volume do gás. O carvão não se liga ao H2 (ou qualquer outro gás intestinal quantitativamente importante e não reduz a excreção respiratória de H2. Alguns estudos demonstraram eficácia apenas da preparação líquida da enzima alfa-galactosidase.
O subsalicilato de bismuto em altas doses reduz o odor decorrente do sulfeto de hidrogênio, bem como de outros componentes pungentes de flatulência, no entanto, a administração a longo prazo está associada a potencial toxicidade.
Dispositivos externos para desodorizar a flatulência (por exemplo, roupas íntimas forradas com carvão) estão disponíveis comercialmente, mas sua eficácia não está bem estabelecida.
Antibióticos, particularmente a rifaximina, têm demonstrado reduzir a produção de gás intestinal, mas a diminuição da eliminação anal de gás não foi demonstrada. Dados os problemas associados à antibioticoterapia crônica, bem como a falta de um benefício claro, parecem desaconselhável usar antibióticos para manipular a microbiota de pacientes flatulentos.
Pré e probióticos podem influenciar a composição da microbiota colônica e, assim, reduzir a flatulência, mas a melhora não parece persistir após a suspensão do uso.
●Volume e composição do gás intestinal – O volume do gás no trato intestinal é de aproximadamente 200 mL em ambos os estados de jejum e pós-prandial, tanto em indivíduos normais quanto em indivíduos que se queixam de distensão gasosa. Nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, hidrogênio e metano representam mais de 99% dos gases intestinais expelidos.
●Etiologia do excesso de gases intestinais – Quando ocorre excesso de gases intestinais, pode ser devido a condições associadas à deglutição excessiva de ar, aumento da produção intraluminal de nutrientes mal absorvidos, diminuição da absorção de gases devido à obstrução ou expansão do gás intraluminal devido a mudanças na pressão atmosférica.
●Arroto ou eructação
•Definição – Arrotar é definido como uma fuga audível de ar do esôfago ou do estômago para a faringe. Pode ser voluntária ou involuntária. O arroto involuntário geralmente ocorre após uma refeição e é causado pela liberação do ar deglutido após a distensão gástrica. O arroto só é considerado um distúrbio quando é excessivo e se torna incômodo. O distúrbio do arroto é uma síndrome funcional e o diagnóstico é baseado na história.
•Indicações para avaliação – A presença de características de alarme, incluindo perda de peso, dor abdominal, disfagia, azia e regurgitação, é uma indicação para avaliação diagnóstica adicional com endoscopia digestiva alta e/ou imagem (por exemplo, tomografia computadorizada abdominal) para descartar outras etiologias.
•Gestão de arrotos
-Alterações comportamentais – Em pacientes que se queixam predominantemente de eructação, sugerimos alterações comportamentais. Medidas específicas incluem respiração diafragmática e interrupção de mascar chiclete, fumar, beber bebidas carbonatadas e engolir alimentos e líquidos.
-Tratamento de condições associadas – Em pacientes com depressão ou ansiedade subjacente, o tratamento deve ser iniciado. Pacientes com refluxo ácido coexistente podem necessitar de terapia supressora de ácido para o tratamento da doença do refluxo gastroesofágico.
-Sintomas refratários - Reservamos o uso de baclofeno para pacientes em que outras abordagens não tiveram sucesso.
●Inchaço abdominal
•Etiologia – Inchaço refere-se a uma sensação de plenitude, pressão abdominal ou sensação de gás aprisionado, enquanto a distensão é um aumento mensurável na circunferência abdominal. Inchaço e distensão devido a gases intestinais podem ser decorrentes de uma etiologia orgânica que resulta em gases intestinais excessivos (por exemplo, supercrescimento bacteriano no intestino delgado, doença celíaca, intolerância à lactose) ou um distúrbio gastrointestinal funcional.
•Avaliação – A avaliação inicial de um paciente com inchaço e/ou distensão abdominal inclui uma história e exame físico para identificar características de alarme e testes diagnósticos limitados (hemograma completo, sorologias celíacas, testes respiratórios para supercrescimento bacteriano no intestino delgado). A avaliação adicional é reservada para pacientes com características de alarme ou testes iniciais anormais.
●Flatulência
•Avaliação – Embora a passagem excessiva de flatos ou seu odor fétido possa ser uma fonte de constrangimento para o paciente, raramente está associada a doenças graves. A avaliação inicial do paciente com queixa de flatulência deve ser guiada pela história e exame físico. Uma história alimentar deve ser tomada e focada em alimentos e bebidas que produzem gases. O objetivo é identificar características de alarme sugestivas de má absorção ou malignidade colorretal, que irão direcionar a abordagem diagnóstica. A avaliação adicional para pacientes com flatulência depende da presença de características de alarme.
•Gerenciamento
-Medidas comportamentais e dietéticas – Os pacientes são aconselhados a evitar alimentos que aumentam a flatulência (por exemplo, feijão, cebola, aipo, cenoura, passas, banana, damasco, ameixa, couve de Bruxelas, gérmen de trigo, pretzels e bagels). Sugere-se uma dieta baixa em FODMAPs em pacientes com sintomas persistentes, apesar da exclusão de alimentos produtores de gases. Outras modificações dietéticas que podem ser úteis incluem a restrição de bebidas carbonatadas. Exercício leve e postura ereta podem melhorar o inchaço em alguns pacientes.
-Abordar a etiologia subjacente – Em pacientes com uma causa subjacente (por exemplo, supercrescimento bacteriano no intestino delgado, intolerância à lactose), isso deve ser abordado simultaneamente.
●Etiologia do excesso de gases intestinais – Quando ocorre excesso de gases intestinais, pode ser devido a condições associadas à deglutição excessiva de ar, aumento da produção intraluminal de nutrientes mal absorvidos, diminuição da absorção de gases devido à obstrução ou expansão do gás intraluminal devido a mudanças na pressão atmosférica.
●Arroto ou eructação
•Definição – Arrotar é definido como uma fuga audível de ar do esôfago ou do estômago para a faringe. Pode ser voluntária ou involuntária. O arroto involuntário geralmente ocorre após uma refeição e é causado pela liberação do ar deglutido após a distensão gástrica. O arroto só é considerado um distúrbio quando é excessivo e se torna incômodo. O distúrbio do arroto é uma síndrome funcional e o diagnóstico é baseado na história.
•Indicações para avaliação – A presença de características de alarme, incluindo perda de peso, dor abdominal, disfagia, azia e regurgitação, é uma indicação para avaliação diagnóstica adicional com endoscopia digestiva alta e/ou imagem (por exemplo, tomografia computadorizada abdominal) para descartar outras etiologias.
•Gestão de arrotos
-Alterações comportamentais – Em pacientes que se queixam predominantemente de eructação, sugerimos alterações comportamentais. Medidas específicas incluem respiração diafragmática e interrupção de mascar chiclete, fumar, beber bebidas carbonatadas e engolir alimentos e líquidos.
-Tratamento de condições associadas – Em pacientes com depressão ou ansiedade subjacente, o tratamento deve ser iniciado. Pacientes com refluxo ácido coexistente podem necessitar de terapia supressora de ácido para o tratamento da doença do refluxo gastroesofágico.
-Sintomas refratários - Reservamos o uso de baclofeno para pacientes em que outras abordagens não tiveram sucesso.
●Inchaço abdominal
•Etiologia – Inchaço refere-se a uma sensação de plenitude, pressão abdominal ou sensação de gás aprisionado, enquanto a distensão é um aumento mensurável na circunferência abdominal. Inchaço e distensão devido a gases intestinais podem ser decorrentes de uma etiologia orgânica que resulta em gases intestinais excessivos (por exemplo, supercrescimento bacteriano no intestino delgado, doença celíaca, intolerância à lactose) ou um distúrbio gastrointestinal funcional.
•Avaliação – A avaliação inicial de um paciente com inchaço e/ou distensão abdominal inclui uma história e exame físico para identificar características de alarme e testes diagnósticos limitados (hemograma completo, sorologias celíacas, testes respiratórios para supercrescimento bacteriano no intestino delgado). A avaliação adicional é reservada para pacientes com características de alarme ou testes iniciais anormais.
●Flatulência
•Avaliação – Embora a passagem excessiva de flatos ou seu odor fétido possa ser uma fonte de constrangimento para o paciente, raramente está associada a doenças graves. A avaliação inicial do paciente com queixa de flatulência deve ser guiada pela história e exame físico. Uma história alimentar deve ser tomada e focada em alimentos e bebidas que produzem gases. O objetivo é identificar características de alarme sugestivas de má absorção ou malignidade colorretal, que irão direcionar a abordagem diagnóstica. A avaliação adicional para pacientes com flatulência depende da presença de características de alarme.
•Gerenciamento
-Medidas comportamentais e dietéticas – Os pacientes são aconselhados a evitar alimentos que aumentam a flatulência (por exemplo, feijão, cebola, aipo, cenoura, passas, banana, damasco, ameixa, couve de Bruxelas, gérmen de trigo, pretzels e bagels). Sugere-se uma dieta baixa em FODMAPs em pacientes com sintomas persistentes, apesar da exclusão de alimentos produtores de gases. Outras modificações dietéticas que podem ser úteis incluem a restrição de bebidas carbonatadas. Exercício leve e postura ereta podem melhorar o inchaço em alguns pacientes.
-Abordar a etiologia subjacente – Em pacientes com uma causa subjacente (por exemplo, supercrescimento bacteriano no intestino delgado, intolerância à lactose), isso deve ser abordado simultaneamente.
Isenção de responsabilidade
As informações contidas neste artigo são apenas para fins educacionais e não devem ser usadas para diagnóstico ou para orientar o tratamento sem o parecer de um profissional de saúde. Qualquer leitor que está preocupado com sua saúde deve entrar em contato com um médico para aconselhamento.
As informações contidas neste artigo são apenas para fins educacionais e não devem ser usadas para diagnóstico ou para orientar o tratamento sem o parecer de um profissional de saúde. Qualquer leitor que está preocupado com sua saúde deve entrar em contato com um médico para aconselhamento.